Já fiz uma viagem de longo curso que me trouxe até Denpasar e me deixou verdadeiramente deslumbrada com Bali; vi alguns filmes maravilhosos no avião (que pelas minhas contas conto uns seis), um ou outro de tal forma intensos que ainda não consegui parar de pensar nele (destaque particular para o One Hour Photo: Obcessão. Fotografia. Momento).
Senti o cansaço de horas infindáveis de voo ao ponto de achar que ia cair para o lado.
Mas hoje acordei e apercebi-me uma vez mais, que o cansaço de uma viagem como esta em nada se compara com o proveito que dela podemos retirar. Cheguei a Kuta ao final do dia, fui brindada com um calor e uma humidade insuportável. O normal nesta época do ano tomei um banho, tratei de alugar moto, andei pelas ruas quando conheci Wayan, um jovem balinense que se disponibilizou a mostrar de carro um pouco de tudo para eu poder circular melhor; jantei e dormi. Muito.
Logo de manhã fiz-me à estrada com Wayan, jovem de 21 anos que o sonho é jogar futebol tão bem quanto o Ronaldo (curioso como todas as pessoas que me perguntam de onde venho, identificam Portugal com o famoso jogador). Wayan, um gentleman, de bons princípios. Cada vez que eu tinha que sair do carro ele ia rapidamente abrir a porta, queria desde do inicio carregar a minha mochila, e quis tirar-me fotos, apesar de não saber como :)
Aproveitei para deixar o hotel onde me encontrava hospedada em busca de um que fosse mais real, que fosse mais tradicional, que fosse mais "eu". Saí de Kuta e fui descobrir um pouco do que é Bali central, visitei templos, o vulcão, mercados tradicionais, fabricantes de prata e fabricantes de artefactos em Madeira. Peças lindíssimas. Contornei o litoral até Tanah Lot. Simplesmente divinal.
Enquanto deslumbrava pelas ruas desconhecidas, sem rostos familiares, encontrei um hotel acolhedor com gente simpatica, como se quer.
Almocei tarde (manhã complicada :( ) num restaurante local e decidi explorar mais uma vez de moto todos os pequenos bairros. É um milage estar a escrever este post, confesso. Juro que não sei como sobrevivi a centenas e centenas de motos que vinham na minha direcção, ora da esquerda ora da direita e, normalmente ao mesmo tempo. Não sei como não fui albarroada por uma delas, juro.
Dia seguinte decidi visitar a terra perdida, Ubud. Trânsito caótico com paragem em Denpansar para regatear o preço de uma máquina fotográfica.
Incrível como não há mais acidentes neste país, buzinadelas e apitos pelas ruas típicas onde se vende de tudo. E quando digo tudo, é mesmo tudo o que possam imaginar.
As ruas são verdadeiramente nojentas mas as pessoas são doces e afáveis de sorriso envergonhado no olhar.
Adoro os bairros, as cores, mas detesto o cheiro de alguns sítios ( um misto de canela, incenso, comida e podre que paira no ar). Adoro os sorrisos e o som constante. Não há silencio aqui mas isso é bom.
Cheguei ao hotel e estou de rastos. Mas com um sorriso estampado na cara que dificilmente me deixará desacompanhada este Agosto.
... continuaçao ...
...quando eu for grande, quero ser como tu. =D
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