sábado, 31 de março de 2012




Nas paredes que encontro leio ditos. Uns interessantes, outros banais, alguns profundos, outros ainda, meros desabafos. A nossa necessidade de expressão é de uma grandeza magnífica, jorra-nos do corpo de forma intensa, impossível de conter. Quanto mais concreta, melhor, daí as letras serem um suporte, ainda que dúbio, das opacidades e clarezas das almas.

( Mesmo no prédio ao lado do meu, leio um amo-te Maria. A Maria pode até saber disso, mas por certo que assim ficou muito mais esclarecida. Concluo pois que sou estranha. Não preciso destas manifestações, chega-me um sussurro, um balbuciar, que se assume com a eternidade possível, ou seja, eternidade alguma.)





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