segunda-feira, 28 de junho de 2010

Vicky Cristina Barcelona


recomendo porque simplesmente.. adorei!!

Woody Allen tem-nos habituado a "documentos" sobre as diferentes formas do ser humano viver os afectos, a favor ou contra a sua própria natureza. O universo de Vicky Cristina e Barcelona, mostra onde o peso social (e do socialmente correcto) cria uma cisão entre o racional e o emocional. Parece haver aqui a tese subjacente segundo a qual desde que haja consentimento numa relação entre adultos tudo é permitido.

A prudência de Vicky, para quem o amor é uma escolha, rapidamente (e sem surpresa) se transforma em inveja de Cristina, para quem amar é perder-se. Mas a miopia de Vicky impede-a de ver os custos que Cristina paga por uma aventura excitante. De certa forma elas esperam que este homem e esta cidade as salvem das suas expectativas sobre o amor: uma certa resignação para Vicky e um sofrimento certo para Cristina. Percebemos que o afecto não é suficiente para fazer com que uma relação resulte, mas Allen não consegue sequer provar em que medida é que ele é imprescindível.



“Maria Elena used to say that only unfulfilled love can be romantic.”
JAVIER BARDEM (Juan Antonio)


“I'll go to your room, but you'll have to seduce me.”
SCARLETT JOHANSSON (Cristina)


Sem comentários:

Enviar um comentário