segunda-feira, 30 de maio de 2011

chefe é chefe :/


Quando sentimos que uma pessoa está «tensa» ou «irritável», «desanimada» ou «entusiasmada», sem que uma única palavra tenha sido dita para traduzir quaisquer destes estados, estamos a detectar emoções de fundo. Conseguimos detectar estas emoções através de pormenores subtis relacionados com a postura corporal, com a velocidade e contorno dos movimentos, com modificações mínimas na quantidade e velocidade dos movimentos oculares e no grau de concentração dos músculos faciais.. ou apenas, como foi o caso a mandar quem não deve à merda! :/

Sabemos que conhecemos alguém - que somos verdadeiramente íntimos -, quando em segundos detectamos estas emoções sem qualquer esforço. Quando se olha o rosto de alguém e se percebe imediatamente o que vai no espírito da pessoa. Às vezes ajuda: torna fácil perceber, antecipar, resolver. Outras vezes complica. é quase um voeyurismo irritante sobre o pensamento do outro..
Dada a minha natural - quase inconsciente - percepção destes sinais, devo tornar-me uma pessoa um bocado insuportável, dado a transparência a que exponho os que me são íntimos.. às vezes.

domingo, 29 de maio de 2011


Com a idade aprendemos a relativizar. Porque vamos dando menos valor a coisas que sobrevalorizamos no inicio da vida. O primeiro beijo deve ter sido uma festa. a primeira saída uma novidade. Mas depois tudo se torna menos importante. Assim é com a maioria das coisas que vivemos: as chatices no trabalho, as discussões com os amigos, os desamores.. até os riscos no carro. Percebemos que afinal há coisas que não serão assim tão importantes, tão necessárias ou prioritárias. as rugas na expressão - além de indicarem muitos sorrisos -, significam também muitas feridas, muitos apertos e situações difíceis. Mas tudo momentos que já foram.
Essa história, que vamos escrevendo, dá-nos uma calma e tranquilidade de olhar para o presente com mais capacidade de perspectivar.

Perspectivar, no sentido de conseguirmos ver sempre a longo-prazo: para trás (o que já vivemos) e para a frente (as possibilidades do que ainda vamos viver).
É como numa empresa. Não podemos esgotar todo o nosso tempo com a gestão operacional do dia-a-dia. É necessário - urgente às vezes-, guardar um tempo, uma pausa, para uma visão estratégica, mais distanciada, física e temporalmente.
Olhar, assim, com um certo distanciamento, dá-nos amplitude e centra-nos na nossa vida e não nos nossos dias. Que são coisas diferentes..
finalmente.... First Listen: Eddie Vedder, 'Ukulele Songs' AQUI!

But more.. is less.




Num dia destes, de visita a casa, encontrei junto a um conjunto de velharias que a minha mãe trouxe da casa da minha avó, uma caixa de cartas trocadas pelos meus pais nos seus anos de juventude. ainda com cheiro a pó, desfolhei algumas (com a devida autorização). O papel amarelado deu-lhe logo ao arranque o contexto histórico. as datas no inicio de cada carta confirmavam. os textos foram escritos à mão, ou em máquina, em vários locais, sempre referenciados, e na maioria das vezes com uma foto a preto e branco, datada e assinada nas costas. Mas mais que o conteúdo, o que ficou ali marcado para a eternidade foi a dedicação de quem escreveu. Porque tinha que se escrever, revelar as fotos, envelopar, deixar no marco, e esperar tantos dias, pela volta do correio..

Hoje não é assim. A comunicação é mais directa, é automática, rápida e instantânea. Mas também mais preguiçosa, menos sentida e menos pensada. Manda-se um sms, escreve-se na wall, twitta-se.. e já está. Tipo sopa no micro-ondas. Mas dedicação? Pensar no que se escreve? Re-escrever no papel até acertar no texto certo, vezes sem conta? Não, a luta hoje é mais simples: temos poucos caracteres. 140, nem mais. Toma lá, que já me lembrei de ti hoje!!

But more.. is less.
É que assim passamos os dias a achar que comunicamos muito, que estamos sempre ligados e que sabemos de todos os nossos amigos, likes e seguidores.. pura ilusão.
Como tudo o que é instantâneo, os posts passam, as sms são apagadas, os links desaparecem. E ficamos no fim com um vago registo do que se passou. Até as milhares de fotos que temos - a nossa memória visual -, já só estão no disco, e não no álbum..

Tenho saudades de escrever cartas, de esperar por uma resposta, por um postal de longe. de saber a simples morada - a real, não a electrónica - dos meus amigos. este natal vou escrever a todos os que realmente contam. falar de mim, sem limite de caracteres (com a minha letra de menina), enviar uma foto assinada e um abraço escrito.
é um presente. não para eles, mas para mim..

insomnia

' há pelo menos vinte anos que não me deito antes das três da manhã e que não adormeço sem ler um livro. viver comigo não é fácil, até porque eu jamais fui capaz de responder à mais lógica das perguntas: - mas o que é que tu ficas a fazer de noite?

realmente, não sei dizer ao certo. suponho que o facto de ter aprendido a distinguir todos os ruídos da noite, de conhecer o som dos animais nocturnos, de me ter viciado no silêncio da noite,de saber localizar as estrelas no céu, não seja resposta suficiente.

há qualquer coisa mais para além disso, qualquer coisa de indefinível e única.
há um mundo diurno e um mundo nocturno. este é o reino da luz e das sombras, um mundo de silêncio onde cada som tem um sentido, uma utilidade e por onde se sente deslizar esse 'lento círculo azul do tempo'. de noite, morre-se mais devagar..'


' Miguel Sousa Tavares, em 'não te deixarei morrer, David Crockett'

Devendra Banhart at Rainbow House from Oliver Peoples on Vimeo.



Podia ser apenas uma curta-metragem ou um videoclip que já seria brutal: a fotografia, a cor, o cenário, a arquitectura, a paisagem, a música, e o limite entre o bonito - por contraponto - ao explicito (que estraga toda a beleza). mas é um bocado mais, porque não são actores, mas sim um casal real, 'geek chic', que torna arte a sua intimidade. conta a sua história - a do dias bons -, e embala-nos na dança de um bom fim de tarde..

Mas não, isto não é apenas um filme espontâneo bem trabalhado: isto é 'simplesmente' a nova campanha da OLIVER PEOPLES, uma marca de óculos, que vão desfilando pelo filme agora revisto. E eu que já andava pensar no assunto, fiquei decidida. comigo funcionou: compro já! convertida, fã, amei. Publicidade bem feita. muito bem feita!!
*adoro a tattoo no peito dele "FE" serão as iniciais do meu nome? ahahah

Acho que se pode considerar que ando sob pressão, independentemente do que essa expressão significar. As coisas para e por fazer nunca mais acabam, a minha cabeça anda uma turbilhão de emoções, de confusões e de complicações, e nem sempre sei gerir isto. Levantar-me de manhã e manter a cabeça erguida é quase uma tortura. Portanto, o meu blogue querido, coitadinho, anda a ser deixado para trás. Outra vez.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Este é o meu conceito de viagem! É o meu lado selvagem , mais rebelde que fala mais alto. Devia de fazer umas destas neste Verão quem alinha?


RUTZ - Official Trailer (Subtitles PT) from Locanda Films on Vimeo.



outro do género:aqui


Convenci-os ou nem por isso? :D


ontem foi assim no coliseu de Lisboa :)



sim ... estou a ficar pirada do juízo! Vou dormir para ver se isto passa :D

terça-feira, 24 de maio de 2011


Nem imaginam o que descobri, se calhar até já conhecem mas para mim foi um achado!! Descobri um site que fez as minhas delicias, o que acontece é que neste site estão vários videos de uma Sra. russa chamada Zuzana que faz uns treinos todos malucos e que tem um corpo que é qualquer coisa, {meninos não se babem tá!!!} mas o que interessa saber é que os treinos são curtos, simples e não é preciso muito material. Hoje de manhã acordei toda entusiasmada para ir fazer o meu primeiro treino, escolhi um simples de 10 min e devo dizer-vos deu-me um grande gozo mas... ia MORRENDO!!! Credo é que aquilo é mesmo difícil... Se funciona não sei mas esta cada vez mais comprovado que em termos de tonificação é mais eficaz um exercício curto mas intenso do que longo e moderado... E como não tenho muito tempo livre é perfeito para mim =)

Vou tentar fazer todos os dias e a ver vamos, mal não faz e devo dizer-vos que o mais certo é amanhã estar com dores mas vou fazer de novo!! Além dos vídeos podemos seguir a evolução dos fãs que começaram a fazer os treinos e assim que começamos a ver as fotos temos logo vontade de fazer aquilo à algum tempo!!

Visitem o site e depois dêem as vossas opiniões!!

Eu!

Bom dia!!! Hoje estou num daqueles dias em que analiso tudo penso em tudo e fico a remoer as coisas, não resolve, não melhora, não piora nem coisa nenhuma... Mas não consigo evitar! Quando algo me incomoda não me consigo abstrair até que a situação que me está a incomodar fique resolvida, mas nem sempre é fácil, há coisas que levam o seu tempo, que não podem ser resolvidas do pé para a mão e aí amigas/os é que a porca torce o rabo.... Pffffff!!!

segunda-feira, 23 de maio de 2011


No meu tempo de Universidade aprendi de tudo! Do simples ao banal, do complexo ao teórico, do desnecessário ao útil .. por exemplo...

Uma máquina: aquilo que entra determina aquilo que sai. Se passámos o dia a receber notícias de crimes, assassínios à facada, corpos esquartejados, teremos medo à noite, caminharemos receosos pelos cantos. Até o espelho será olhado com desconfiança. Se passámos o mês de Março a jogar Tetris, passaremos o mês de Abril a encaixar formas umas nas outras. Se passámos 2010 a comer pregos, teremos uma úlcera em 2011.

Somos uma máquina. Temos olhos e ouvidos, complexos instrumentos de captação. Temos a pele inteira, especialmente a ponta dos dedos. E todos os instrumentos podem ser afinados. Há diversos aparelhos de medição dessa afinação disponíveis no mercado. Uns regem-se pelo sistema métrico decimal, outros regem-se pelas mais diversas escalas. Nenhuma delas é única, nenhuma é mais certa. Ainda assim, tanto em graus celsius, como em graus fahrenheit, existe um só frio. As marcas de tinta apresentam um extenso catálogo de cores e, no entanto, esta frase não precisa sequer de terminar para estabelecer a sua ideia.

Através de olhos, ouvidos, pele, também nariz e boca, recebemos diversos materiais de construção. Caminhamos em direcção a eles, procuramo-los com ou sem cuidado. Esses materiais podem ser ordenados por peso, volume, massa e mil vezes etc. São mais ou menos como a madeira, mais ou menos como o ferro, mais ou menos como a água, mais ou menos como o monóxido de carbono. Ao serem apreendidos pela máquina, esses materiais são sujeitos a um processamento de duração variável. A absorção desses materiais tem consequências no próprio mecanismo da máquina. Há resíduos que permanecem nas paredes das válvulas mesmo depois de anos, mesmo depois de lavagens repetidas com toda a espécie de detergentes. Por esse motivo, é imprescindível que se dedique especial atenção a esses materiais, que se faça uma triagem aturada e criteriosa dos mesmos, com base em todo o conhecimento que o nosso tempo acumulou à conta da experimentação. Esse é um sinal do respeito que devemos aos milhões de cobaias caídas no âmbito do desenvolvimento civilizacional que conseguimos atingir.

A produção da máquina depende, necessariamente, do seu funcionamento. Aquilo que produz, através das diferentes possibilidades de produção que apresenta, será condicionado de forma directa, objectiva e subjectiva, por esse metabolismo. A qualidade do combustível determina as características da acção a realizar, não apenas ao nível da velocidade. Assim, objectos que poderiam ser redondos, nascem cheios de arestas. Picam aqueles que tentam segurá-los na palma da mão. E o contrário também e outro contrário diferente também.

Resumindo, o material escolhido influi no desempenho interior da máquina e, por consequência, nos resultados apresentados. Concretizando, estou a dizer-te: toma decisões, faz escolhas. Os teus olhos pertencem-te. Os teus ouvidos pertencem-te. A tua pele pertence-te. A tua boca e o teu nariz pertencem-te. Por falar na tua boca, muito daquilo que recebes será devolvido ao mundo através daquilo que fores capaz de exprimir. Depois do pensamento, as palavras. Aquilo que souberes será aquilo que dirás. Ao fazê-lo, irás difundi-lo, espalhá-lo, alargá-lo. Algumas princípios de electrotecnia: se receberes negativo, acumularás negativo nas baterias, ficarás carregado de negativo e, no momento de acenderes uma lâmpada, terás apenas negativo, dessa forma a lâmpada irradiará luz negativa que tocará com negativo aqueles que estiverem expostos à sua luminosidade. Por sua vez, esses acumularão negativo nas suas próprias baterias e, no momento de acenderem uma lâmpada, será esse negativo que terão para dar. E assim sucessivamente até ao fim dos tempos. Ou seja, tens a oportunidade de contribuir para algo que se propagará até ao fim dos tempos. Inevitavelmente, em algum momento, ser-te-ão requeridos conhecimentos de física quântica e será uma pena se, só nessa altura, te aperceberes do tempo e da paciência que gastaste a jogar Sudoku.

E já agora, como é que funcionará o coração?

acordei assim...

domingo, 22 de maio de 2011

Post dedicado aos one night stands (aos que tive e aos que ainda vou ter)


Uma pessoa passa umas poucas noites do seu mês a trabalhar, vira noites como quem malha copos, uns atrás dos outros. Tem uma vida diferente e, como bem diz a sua entidade patronal, trabalha quando as outras pessoas se estão a divertir. E isto trouxe, de imediato, dois factos à minha vida: não sei o que é ter fins-de-semana livres, isto é, não sei o que lhes fazer porque não é hábito poder usufruí-los; depois, adoro ir à praia dias de semana, entenda-se: quando tenho pouca "gentinha" a consumir o meu espaço de tranquilidade.

Ontem escrevi um post incrível mentalmente. Não era incrível, mas apeteceu-me muito empregar o incrível naquele contexto. Todas as palavras me saíam bem e, quando não saíam, eu fazia uso do backspace e começava de novo. Fiquei a achar que tinha escrito um primeiro parágrafo com potencial para dar um bom post, mas varreu-se-me.

Só me lembro do assunto, here we go again: one night stands.

Uma mulher - sim, estava agora deitada na cama a achar que me dava jeito, por várias razões, ter uma companhia para me aquecer os pés e lembrei-me que realmente tenho quase trinta e os vintes e poucos já se foram todinhos - tem as suas necessidades. Sim, assim como os homens. Gostamos de carne e temos sede e gostamos tanto de pecado que tomamos tudo e mais alguma de assalto, dentro destas cabecinhas. Sim, é verdade.

Aparece um tipo que nos provoca. Um tipo a quem achamos piada, mas de onde nunca saiu nada mais que conversas ocasionais, sem particular sintonia ou amizade. Sem qualquer profundidade de laços. Mas um dia, mais ou menos do nada, o tipo aparece e provoca - tão bem que sabe ter alguém do outro lado disponível - e, agora depende de cada um mas eu sou eu, vai daí damos-lhe troco. e, sem mais rodeios, uma noite acontece, porque duas pessoas que se provocaram mutuamente decidiram. Ah, e tal, sem floreados, ser claros é que é bom, não há cá segundas intenções, é o que é, é sexo e mais nada, queres ou não? E porque gostamos de carne e temos sede parece tudo muito bem. E não é mau, quer dizer, depois depende tudo dos players, mas há sempre qualquer coisa a tirar dali. Não é mau de todo, não foi mau de todo, e era bom que houvesse mais, pensa-se. Adeus discernimento, adeus bom senso, adeus tudo e mais alguma coisa: aquele tipo tem sangue a correr-lhe nas veias, calor humano é bom, gostamos de carne e temos sede, por isso, que se lixe, é mesmo isto. É mesmo este tipo que quero, como quem diz: dava-me jeito ter alguém aqui disponível. Ou mais: pode ser que um dia ele se engane e em vez de dizer 'quero-te' diga 'amo-te', esse tipo de merdas. Pode ser que um dia ele se engane e durma connosco, nos aqueça os pés e até nos sorria quando acordar. Talvez, é pouco provável mas nunca se sabe, ele nos ligue no dia a seguir, a contar uma trivialidade qualquer. Talvez um dia saiamos da cama e vamos ao cinema e comer, de verdade. Ou então não.

Não há mal nenhum em gostar de carne e ter sede. Uma mulher chega quase aos trinta e já viveu umas coisas, já os conhece, assim de forma geral, sabe o que a casa gasta, e começa a ser difícil haver surpresas tão horríveis de uma coisa que acontece ali, numa noite.
Deito-me e olho para o lado: não está ali ninguém.
E penso: agora encontro-o na rua e fingimos que nos conhecemos no outro dia, que nunca nos vimos nús. Agora encontramo-nos e os nossos amigos não sonham que um dia fomos outra coisa e nós, que sabemos, olhamo-nos sem nos querer ver nús - para não piorar o constrangimento - e sem querer revelar mais do que se é suposto saber.
Resultado: perde-se um potencial amigo, porque já não era amigo, ficam menos probabilidades de se marcar encontros sem que o outro pense que o outro quer mais alguma coisa; começa-se a perceber que não haver floreados é uma merda, uma mulher gosta de carne e tem sede, mas também gosta de sonhar. Vestidos, no dia a seguir, as coisas não parecem nada, parece só que nunca existiram. Fica um vazio: não há provocações; não há hipóteses de cházinhos para fazer amizade; e sexo de uma noite ou é incrível ou nunca tem força para ser lembrado para sempre.
Agora, o meu amigo que não me ouça, vale a pena? mas vale a pena ir ter com um tipo, aumentar a lista por descuido (porque existem grandes probabilidades de não valer a pena) sem dar tempo que nos peça o número de telefone - ou se descubra que nunca o pediria se não fosse para o tal encontro, à noite, no escuro; vale a pena assumir que não há floreados e não precisamos de sonhar, só de comer?; se é mesmo isso que queremos: ir a um encontro que sabemos que não se vai repetir, como se não fizesse mal?

Na verdade eu acho que não. Acho que não vale.

Mas eu gosto de carne e tenho sede.
Não há nada a fazer.

o mundo está todo doido!



Realidade melhor que ficção

Por mais que neguem, em tempos de emancipação feminina, as mulheres são tendencialmente mais românticas. Na verdade, quem não fica derretida com gestos únicos vindos dos saltos rasos: um ramo de flores, um post-it com a frase certa ou um simples piquenique à beira-mar.

E quem não sonha com um pedido de casamento inesquecível à luz de Hollywood - com o anel de noivado escondido na sobremesa, oferecido na Torre Eiffel ou no sítio em que o casal se conheceu? Paixões arrebatadoras poderão levar a uma surpresa destas, mas o principal ingrediente são as pessoas especiais.

Pois é, mas ainda há jóias raras, homens que são capazes de amar e de surpreender a cara metade. Exemplo disso é o mais recente sucesso do Youtube - um vídeo em que um norte-americano faz um pedido de casamento original à namorada.
Em apenas três dias, o vídeo do Youtube já conta com mais de 2,5 mil milhões de visualizações. Será que vai inspirar mais noivos?




sexta-feira, 20 de maio de 2011

No outro dia encontrei a melhor coisa de sempre: o meu diário de quando eu tinha 16 anos ! Surpreende-me a quantidade de coisas que eu desconhecia, que eu pensava conhecer e afinal… afinal são só memórias das quais não tenho a mínima certeza. Porém, no dia 9 de Abril, escrevi uma coisa bastante interessante….

9 de Abril de 1997

"Sempre disse que a Ilusão era minha amiga, e é! Quando a realidade me falha, é ela que me ajuda. Que posso mais dizer? É o grito de guerra de uma sonhadora, que mais contas não tem a prestar senão aos seus sonhos. Um sonhador é grande! É a mais forte e a mais indefesa, a mais corajosa e a mais covarde de todas as pessoas. Que mais se pode dizer de alguém que brinca com a loucura e passeia pelas dimensões com o prazer de uma criança que não conhece o mundo, ou não o quer conhecer? A segunda hipótese é mais viável: o sonhador é aquele que viaja para outro mundo quando este não o agrada, ou o assusta. Um sonhador é frágil, fraco, foge das tarefas difíceis como quem foge de um leão. Mas tarefas difíceis não são aquelas que nos abalam, são aquelas que têm a capacidade de nos destruir.(…)Mas um sonhador não é só aquele que foge; um sonhador é aquele que guia, que quer, que procura. Porque mais que um contador de histórias, um sonhador é um criador. Na verdade, um sonhador não é bem humano; é uma qualquer mutação, metamorfose.”

Este ano tudo é bom demais :) Para um deles já está comprado, será que terei de comprar para o outro também?!

sem feeling ...


quinta-feira, 19 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Quando queres entender o que não podes disfarçar, escolhes não sentir. Mas não é teu para decidir se faz bem ao coração largar o que há em vão.Não percebo o que é que queres, diz-me tu o que preferes, ir embora ou ficar?Este espaço intermédio entre a paz e o assédio, não nos deixa evoluir. Não é dor nem fogo posto, é amar sem ser suposto, é dificil resistir. Deixa andar, deixa ser."

Tiago Bettencourt & Mantha - Largar o que há em vão

é mais ou menos isto...



Sim já ando a sonhar com férias, é verdade! Ando mesmo a precisar...sei que as minhas ferias vão ser o que eram, nada de novo ... mas adoro aquela sensação de estar de papo para o ar, dormir até tarde, ir para a praia à hora que quero e que bem me apetece, ficar a ouvir musica, ler um livro...upa upa!

tweeting



tenho passado os últimos dias a (tentar) trautear isto [lovely]

Não quero sair de casa. Não quero ter de enfrentar a intempérie que se sente lá fora. Não quero ser refém deste vento e chuva que tudo arranca e desmancha.
Deixa-me ficar cá dentro, onde estou segura e protegida. Onde posso cobrir-me de mantas quentes. Onde posso ficar a ler um livro a ouvir os uivos violentos que ensurdecem quem deles não pode escapar.

resolução da semana, talvez


Ontem decidi que não posso continuar sem escrever no blogue. Este cantinho tornou-se um bocadinho dos meus dias, dos meus hábitos. Tornou-se um bocadinho de mim. Aprendi a fugir para aqui, mas sem me esconder. Escondi a cara, é certo; porém, acho que nunca escondi a parte mais importante daquilo que sou. É certo que as minhas palavras não são transparentes ao ponto que quem me lê me conheça, mas pelo menos depreende um pouco do que está deste lado.
Com o aparecimento de situações com as quais não pude evitar tal como excesso de trabalho, fugi do computador, o que implicou uma fuga ao blogue. As minhas palavras, a maioria tristes e só com sentido para mim, foram sendo armazenadas nos mais diversos locais, enchi o meu moleskine, tendo sempre em conta a distância do teclado.
Não posso, nem quero, continuar assim. Escrever aqui faz-me bem à alma e não vou deixar de o fazer por estar mais ou menos bem. Ainda que as parvoíces e as coisas mais a sério nem sempre se distingam, a verdade é que eu faço parte disto e isto faz parte de mim. E não quero fugir daqui e muito menos esconder-me. :)

a insónia dá-nos para isto...

[2:22:45] He: Who do you want to be today?
[2:23:06] She: anything but myself!
[2:24:47] He: i see.. and...if i told you that you could be everything being yourself...
[2:31:18] She: it's not enough
[2:31:19] He: Why not?
[2:31:19] She: It's never enough............................................

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Mário Testino era o típico miúdo que queria muito ser padre e salvar o Mundo ...











...até ao dia, claro, em que conheceu as mulheres.

(um conto sacana, tantas vezes repetido e que sempre me faz lembrar aquela música do Pulp Fiction "If love is a red dress", na parte do "There goes the fairy tale")




"But doing these charitable things has made me feel that I have got some of the priestly instinct back. I know people who have everything and all they do is complain and bicker. Give off negative energy. When you try and do something positive it helps others but also makes you feel better about yourself."

Mario Testino


segunda-feira, 9 de maio de 2011

live simply. love nature


mais, aqui.
Esta miúda, a roupa, a sua simplicidade, Islandia, as botas ... tudo ... são qq coisa de extraordinário. Tb quero!

love it!



Adorei. Chorei, chorei muito, chorei como uma "Maria Madalena". Mas adorei e suspirei fundo quando terminou. É lindo, pleno de significado e duramente real. Não fosse o realizador, Rodrigo García Alejandro González Iñárritu, o mesmo de filmes [óptimos] como Babel e 21 gramas, e Rodrigo García o escritor.
Este entrou para os meus preferidos e recomendo-o, vivamente.
Mais, aqui.
[e a música que acompanha o fim do filme, esta, é linda]

domingo, 8 de maio de 2011


Vi. Adorei. E vou querer ver de novo (no cinema). Um filme que conta a história verídica de um grupo de quatro fotógrafos, conhecido como “The Bang Bang Club” – João Silva, Kevin Carter, Greg Marinovich e Ken Oosterbroek – que trabalharam na África do Sul após a libertação de Nelson Mandela da prisão, até as primeiras eleições livres em 1994. A história do filme é baseada no livro com o mesmo nome, escrito por Greg Marinovich e João Silva.

"They risked their lives and used their camera lenses to tell the world of the brutality and violence associated with the first free elections in post Apartheid South Africa in the early 90s. This intense political period brought out their best work (two won Pulitzers during the period) but cost them a heavy price. A movie that explores the thrill, danger and moral questions associated with exposing the truth."

Em 1991, Greg Marinovich ganhou o «Pulitzer Prize for Spot News Photography» pelo seu trabalho que mostrava a morte brutal de um homem que se acreditava ser um espião do Inkatha Freedom Party (IFP), assassinado por apoiantes do African National Congress (ANC).

Em 1994, a 18 de Abril e a poucos dias das primeiras eleições livres na África do Sul,Ken Oosterbroek foi morto por ‘fogo amigo’ enquanto cobria os confrontos entre soldados e partidários do Congresso Nacional Africano, junto à vila de Thokoza, a 25Km de Johannesburg.

Também em 1994, Kevin Carter (ver “As várias mortes de Kevin Carter” no Bitaites) ganhou o Prêmio Pulitzer de Fotografia para a sua foto controversa de um abutre que parece esperar a morte eminente de uma criança sudanesa. Dois meses depois de ter ganho esse prémio, com 33 anos, Carter suicida-se junto a um pequeno curso de água nos arredores de Johannesburg onde costumava brincar em criança. Na sua nota de suicídio, Carter escreveu:

"I am depressed … without phone … money for rent … money for child support … money for debts … money!!! … I am haunted by the vivid memories of killings and corpses and anger and pain … of starving or wounded children, of trigger-happy madmen, often police, of killer executioners…I have gone to join Ken [recently deceased colleague Ken Oosterbroek] if I am that lucky."

Por fim, em Outubro de 2010, João Silva foi ferido com gravidade após pisar uma mina no Afeganistão, em trabalho para o The New York Times, enquanto acompanhava uma patrulha americana. Na sequência dos ferimentos, João Silva ficou com as duas pernas amputadas. Ele tem vindo a recuperar e, em Fevereiro de 2011, já conseguiu dar os primeiros passos com umas próteses.

No cartaz do filme, o segundo a contar da esquerda é o [desconhecido] Neels Van Jaarsveld, actor Sul Africano, e será ele que irá interpretar o papel do João Silva. Sobre esse papel, ele escreveu isto acerca do fotógrafo “He was so close, blood on the lens, blood on yourself, your friends being shot. And he still does it”. Mais impressões aqui, no site oficial do filme.

sábado, 7 de maio de 2011

Eu não o descreveria de forma diferente...



...até porque fiz quase tudo isto! E recomendo vivamente :)

{Estou a precisar de uma lufada de ar fresco na minha vida. Não falo de um novo emprego nem de uma nova casa nem sequer de um bebé. A mudança que procuro é em mim. A mesma mudança que há tanto tempo procuro e ainda não consegui encontrar. Há dias [infelizmente, ainda são poucos] em que sinto que estou no bom caminho mas, subitamente, como se não dependesse de mim, acabo sempre por fazer algo estúpido e sem nexo que me desvirtua desse percurso. A verdade é que estou cansada e farta de lutar comigo mesma. Se ao menos a minha mente não fosse tão complicada... Decerto seria bem mais feliz.}

Era tão isto...



O estilo de vida, a simplicidade, o surf e os amigos, a liberdade, o mar e uma vida errante, o sol, o ar puro, a tranquilidade e a música. Sempre a música. Na alma, nos gestos e nos sentimentos. Bali foi tudo isto. E é isto. Acho que vou voltar. Asap!

Às vezes sinto-me um pássaro ferido com uma asa partida. Aprisionada mas ansiando sempre pelo dia em que voltarei a voar.

[excelente realização de Taylor Steel - anúncio da Corona Australia.
Música fantástica: Years around the sun, "miles away"]

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Sei quem vai gostar disto mas não digo :D
I´m addicted to it!

dd

Quem alinha numa loucura destas?

I'm looking for love. Real love. Ridiculous, inconvenient, consuming, can't-live-without-each-other love.. :)
But I love this song :D




Eu escrevo porque quero e gosto. Porque me satisfaz. Porque gosto de juntar palavras. Gosto de criar em frases as imagens que vejo. Sejam elas reais. Sejam elas fruto da minha imaginação. Não tenho nem metade do talento ou jeito que em certos dias acho que tenho. Vale a presunção. Olho para autores e invejo-os. Não posso dizer que gosto ou não do tempo de espera entre um livro e outro porque não sei o que isso é. Sei, sim, o que é ter uma ideia durante o dia. Uma imagem. Uma frase. E esperar chegar até casa para a concretizar. Sento-me na sala, abro o portátil, carrego no play e escrevo. Sonho sim, imensas vezes, com uma sala branca de chão de madeira castanho, uma secretária encostada a uma janela , um portátil e a vida nasce do que sair dos meus dedos. Mas é um sonho. Às sete e trinta da manhã o iPhone vibra e faz soar o alarme. Tempo de acordar. Sento-me na cama enquanto afasto a coberta. Cabelo desgrenhado. Pijama amassado. Coço os olhos enquanto me dirigo à cozinha. Apanho os óculos de massa pelo caminho. Copo de leite quando calha. O barulho de fundo de uma música no modo aleaório. Enfio-me na casa-debanho. Despacho-me. Volto ao quarto. Uma saia. Uma camisa. Umas meias de vidro. Sapatos pretos, sapatos castanhos? Pego na pasta. Saio. Chamo o elevador. Ajeito o cabelo no espelho. Chego ao -3. Coloco os wayfarer. Saio para a rua.


E se não tiver de ser assim?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

o que eu já me ri com isto:

contradições [tão minhas]

uma enorme vontade de amar (e ser amada) vs um inibidor desprezo em relação ao amor.

sai um suspiro...



...e uma pitadita de inveja, pelo corpo, pelo bronze, pela paisagem e pelo biquini.. humpf.....nunca mais chega o verão :))