quinta-feira, 31 de março de 2011


Uma amiga minha acabou uma relação que já tinha alguns anos. Para tentar curar a ferida juntou as amigas numa espécie de "chá de panela" para tentar amolecer a dor que tem na alma. (Algo que é habitual no sexo feminino). A entourage feminina juntou-se e, como forma de consolo, foi desenterrar os podres do rapaz e analisá-los à lupa. Enquanto a nova solteira se queixava, as amigas faziam dos discursos da praxe de como tudo vai ser melhor; aquele não era o homem ideal; é das coisas más que nascem coisas boas; foi melhor ter acabado agora; etc. Eis quando no meio de toda a tristeza e muitas lágrimas, a solteira solta o seguinte: "Não arranjo melhor". Saltou-me a tampa porque não há nada mais errado e também já não é a primeira vez que oiço este disparate. Há homens bons, sim. Mas também há sempre homens melhores. Tudo depende se temos o coração aberto ou fechado. O fim de uma relação, por muito que se goste de uma pessoa, não significa que o amor tem de deixar de constar do dicionário.

quarta-feira, 30 de março de 2011





Portugal pelos olhos de Matthew Brown!

terça-feira, 29 de março de 2011

Qué es el punto G? :)



O que é o ponto G?

1 - Centro universal da gravidade
2 - Zona feminina muito sensível
3 - Epicentro de um terramoto
4 - Botão para activar a bomba atómica

Ao contrário do que muitos podem pensar, eu acredito que a vida sexual desta simpática senhora deve ser um verdadeiro carrossel de emoções fortes... daí tanta confusão perante esta traiçoeira pergunta sobre o ponto G, durante uma emissão em Espanha do popular concurso televisivo 'Quem quer ser milionário?'. Ora analisemos com calma: em algumas situações o dito ponto G pode, ou não pode, ser o centro universal da gravidade (e que gravidade...)? Quando estimulado, é certamente o epicentro de qualquer terramoto feminino... e se situação aquece muito é um verdadeiro botão para uma bomba atómica de sensações estrondosas que o mundo dos saltos altos há muito não dispensa. Posto isto, quem é que não pensaria duas vezes antes de escolher a hipótese menos fogosa das respostas?

Muito se tem falado sobre o dito ponto G, que para quem ainda não sabe é a tal zona sensível do corpo feminino que o espertalhão do ginecologista alemão Ernst Gräfenberg diz ter 'descoberto' nos anos 50 (sim o nome "G", vem de Gräfenberg e não de palavras como 'gaja', 'gulosa' ou 'galdéria' como já ouvi dizer). Esta descoberta vinda da boca de um homem é no mínimo curiosa... Provavelmente esqueceu-se que durante milénios foram muitas (mesmo muitas, tenho a certeza) as mulheres que lá fizeram incursões sem pedir uma mãozinha ao mundo masculino. Como diria o outro: nós é que não somos parvas...

THE GREAT WALL OF VAGINA

Jamie McCartney, a sculptor and 'Plastercaster' from Brighton, has spent years making and arranging 400plaster casts of vaginas to create 'The Great Wall of Vagina'. We figured he must be pretty charming to have convinced such a number of women to strip off for him, so we had a chat.


O porquê desta ideia? Vejam aqui :)

sábado, 26 de março de 2011

que voz tão fraquinha...not!

essencial?! :/


Lembram-se de não existir facebook? Nem hi5, nem nada dessas coisas? Não foi assim há tanto tempo que as redes sociais nos invadiram os dias. Lembram-se do que costumavam fazer com o tempo livre antes de existirem redes sociais, e blogues, e isso tudo? Por incrível que pareça, eu não. E tenho pensado mesmo nisto, mas não me lembro. Só me lembro que lia mais, e tenho a impressão de que via telenovelas - ok, ter-me deixado disso foi bom, mas não sei até que ponto é melhor passar os serões em frente a outro tipo de ecrã. Ao mesmo tempo, as redes sociais substituem-nos as amizades reais. Em vez de nos sentarmos no café a falar com os amigos, sentamo-nos atrás do ecrã a falar com os conhecidos. Em vez de perguntarmos àquela pessoa como se chama porque até a achamos gira, procuramo-la no facebook, adicionamo-la, metemos-lhe um "like" e esperamos que retribua. É que, através do computador, o "não tenho interesse nenhum em ti" dói menos. As conversas doem menos pela Internet, por sms, qualquer coisa que não envolva termos de lidar com a frustração de ouvir um "não" na cara. Estamos a tornar-nos uma geração que evita o contacto físico, ou que o escolhe apenas depois de ter a confirmação via chat de que a outra pessoa não vai reagir mal. Estamos a desaprender a lidar com a frustração, a esconder-nos dos afectos (dos outros e dos nossos, os "gosto de ti" dizem-se por sms). Perdão, isto já não é geracional, já são pelo menos três gerações que fogem da vida real como o diabo da cruz. Estou preocupada com o rumo da coisa. É que também perdemos liberdade. Agora toda a gente sabe onde andamos, o que fazemos. E não só pelo que partilhamos no facebook. Antes, quando não tínhamos telemóvel, ninguém sabia o que estávamos a fazer naquele momento. Se nos atrasássemos, a outra pessoa esperava, simples. Agora, se nos atrasamos, temos de avisar, e de dizer porquê, e a quantos metros estamos de chegar, e quantos minutos demoramos. Se não avisamos, depois temos de ouvir (e dizemos, quando é ao contrário - é inevitável) "Atrasaste-te e não disseste nada! Tens telemóvel, podias ter avisado! Fiquei aqui à espera!" - antes, as pessoas esperavam e pronto, ninguém morria por isso. Já tinham pensado nisto? Agora qualquer pessoa nos liga e pergunta o que estamos a fazer, onde e com quem, e se não atendemos é um ultraje - como se tivéssemos a obrigação de partilhar a nossa vida com os outros, só porque, ao contrário do que acontecia há uma década atrás, estamos sempre contactáveis - para todas as redes, porque até temos três telemóveis. Repito, estou preocupada com o rumo da coisa. Deveras preocupada. E não sei se quero viver no século XXI.

Sim, tenho facebook, e vou lá todos os dias. Mas reconheço que não é saudável e que podia viver sem isso e, provavelmente, até ia usar melhor o tempo. E vocês?

(E sim, tenho ocupado a minha mente com coisas importantes para variar. É só para não pensar noutras merdas.)


"Acho que não devia fazer electrocardiogramas eu, devia fazer escalas de Richter porque me parece que em lugar de coração tenho um sismógrafo cuja agulha assinala o menor estremeço interior ou exterior com uma amplitude imensa: basta-me viver para a agulha não parar e que cordilheiras de tinta os meus dias. Se me perguntam:
- Como vais?
só tenho a mostrar riscos enormes, capazes de fazerem cair todos os prédios da cidade e espanta-me que Lisboa permaneça intacta e o chão nem oscile."
António Lobo Antunes, visão aqui

i feel like a ...Voodoo Girl


Her skin is white cloth,
and she's all sewn apart
and she has many colored pins
sticking out of her heart.

She has many different zombies
who are deeply in her trance.
She even has a zombie
who was originally from France.

But she knows she has a curse on her,
a curse she cannot win.
For if someone gets
too close to her,

the pins stick farther in.

"Tim Burtons: The Melancholy Death of Oyster Boy and Other Stories"

sexta-feira, 25 de março de 2011


:(

quarta-feira, 23 de março de 2011

R.I.P.

Elizabeth Taylor no set do filme "Giant" de 1955

domingo, 20 de março de 2011

Dizem que as mães têm sempre razão!

Mãe: Ma bichette andas muito cansada, tens que abrandar um bocadinho!
AL: Está tudo bem mãe! Não te preocupes!
Mãe: Eu só quero que estejas bem. Mas já avaliaste bem o que já fizeste esta semana?
AL: Hum... normal! Hum... Vim de NY, Algarve, Coimbra, Lisboa, Algarve de lés a lés, Sevilha, e daqui a um dia regresso a Lisboa... trabalhei todos os dias e dormi menos de 7 horas por dia, pelo menos, fui jantar com amigos no sábado, reencontrei o Zud... E depois de jantar fui buscar o Marley para descontrair...
Mãe: Acho que não é necessário dizer mais nada...
AL: Talvez não....

esta manhã no 16º andar ... aconteceu disto! Muito bom!





Ontem... Num jantar com dois amigos e durante uma pequena saída, houve espaço para as mais profundas, fúteis e absurdas conversas... Rir, sorrir, aprofundar o melhor que temos para dar!

O filme que coloco aqui retrata um pouco do que foi falado entre nós, o tema é profundo: "A política da verdade". O estilo de vida, as emoções, as conversas que muito de nós pode encontrar num relacionamento. O tal receio, ou medo, mas que no entanto é a bela realidade que amamos viver.

Aqui!!



¨Man is a sensitive creature. It has just two legs but one heart, in which an army of thoughts and sensations live.¨
¨This is a mystery but man does stand above all other animals...¨
¨You seem really bent out of shape or something. You are, aren't you?
And you know what?? You're not that bad... you'll be okay...¨
¨And when I started to love him, a strange fear and beauty inside of me... ¨

sábado, 19 de março de 2011

super lua cheia



"...Unwillingly mine..."

precisa-se





A Signs está a precisar de fugir da gaiola e voar. Livrar-se das grades que a asfixiam, livrar-se dos corvos que grasnam aos seus ouvidos, livrar-se da atitude de "cabra de serviço" e tornar-se numa menina doce (como realmente é), algures por aí. Ah, e se não for pedir muito, um bocado de amor pelo caminho. Quero esse doce sabor de volta.


Ah, a vida animada dos meus vizinhos...





Esta música, como outras tantas, realça o "bicho mau" que há em mim! Se viram uma miúda semi-nua a dançar, alegre da vida, no quarto, a gritar ao som desta música...

... era eu.























sexta-feira, 18 de março de 2011




Quando a vida nos prega uma partida, nos põe à prova, nos testa os limites e nos faz passar por momentos verdadeiramente difíceis, é que percebemos a força que temos, e as forças que vamos buscar sabe Deus onde.


E é também nestas alturas que as pessoas, amigos e conhecidos, se revelam. E se encaixam nos devidos lugares.

Depois de ter visto o videoclip no post abaixo em modo repeat, algo me dizia que este trabalho não me era estranho, e dizia cá para dentro: "mas tu já viste algo do género! Mas onde?"
De repente fez-se luz! Ahhhh lá está!!! .... Há um ano atrás, enquanto passeava com um amigo pelas ruas de Londres, reparámos numa imagem de um rosto "cravada" na parede. Nessa altura foi-nos dito que o artista era português, e que era de alguma forma, conhecido em Londres. Aqui está!


photo made by JSG, LON ´10


Alexandre Farto (aka Vhils) é um artista que tem vindo a construir um percurso que faz confluir dinamicamente uma plasticidade intensa com um pensamento social e político provocador e directo. Apesar de muitos dos seus trabalhos apresentarem slogans e statements claros e directos, a afirmação política do seu trabalho subverte a ideia de que o político se dá por comunicação – aqui, o político faz-se: desde já, desde o primeiro minuto, desde o desejo que cria uma imagem. Esta força inerente ao seu trabalho cresceu com o próprio artista: uma história de vida ligada à observação e à intervenção no espaço urbano, como um operário silencioso que reconhece e evidencia em cada superfície a humanidade que ela reclama, esconde ou esmaga – Alexandre Farto concentrou-se desde cedo num trabalho sistemático de encontro entre dois universos crescentemente afastados: a cidade e os que nela habitam – o anónimo faz-se espelho.

Se, anteriormente, Alexandre Farto desenvolveu um trabalho sobre o rosto – dar rosto, o dom do rosto, o rosto como limite e lugar de violência e renovação -, o seu trabalho actual realiza como que um regressar ao ponto inicial: a cidade – o lugar do comum, onde os rostos se diluem e se constituem a partir de um sistema abstracto de criação de individualidades standard – o lugar em que o comum e a comunidade se tornam continuamente conceitos quase inconciliáveis. O rosto da cidade, diríamos, torna-se agora matéria de um trabalho de evidenciação da densidade humana que a constitui, das fragilidades que compõem as suas relações, os seus percursos, das direcções dos olhares e das palavras que se cruzam diariamente em cada não-lugar. Regressar, ou antes, reconfigurar a cidade enquanto lugar – relacional, histórico, centrado em identidades (M. Augé). Transformar esta problemática do dar rosto a, da criação de lugares, numa questão latente em cada objecto e em cada elemento da cidade – os lugares podem ser transparentes, dar passagem de uns para os outros, dar entrada a habitantes inesperados, estranhos à sua planificação e administração. Na Agência de Arte Vera Cortês, Alexandre Farto apresenta a sua primeira exposição individual. Sobre a demasiado evidente questão acerca do espaço expositivo e das intenções do seu trabalho, Alexandre responde com a simplicidade inquietante que caracteriza o seu scroll down for English versiontrabalho: este é também um espaço da cidade, cujas paredes podemos escavar até à transparência ou, pelo menos, até à porosidade que permite o indivíduo que entra. «Even if you win the rat race, you’re still a rat» - o poder sobre o outro é uma ilusão que resulta da opacidade das paredes que colocamos em nosso redor.

Cíntia Gil (aqui)

Trabalho português! Muito bom!
A banda de hip hop portuguesa Orelha Negra uniu-se ao artista/grafiteiro Vhils (ou Alexandre Farto) na criação de um videoclip, que na minha opinião está muito bom.Vhils, tem trabalhos em várias áreas mas aposta sobretudo no trabalho de rua. Para este videoclip usou técnicas "explosivas" para retratar um pouco a temática da crise. Vale a pena ver :))


Vale a pena dizer que o que é bom é português!


Não sei se é da idade, mas começo a deixar de acreditar em coincidências e começo a achar que são sinais...
Os meus últimos dias de trabalho têm sido muito complicados, cheios de trabalho e que não posso deixar , de maneira alguma, coisas para o dia seguinte. Confesso que o de ontem foi o extremo dos extremos. Já não é a primeira vez que tenho dias em que não tenho nem um minuto para ir até ao wc, ou terminar uma refeição como deve ser, mas tudo se faz e após ter tudo orientado, adoro sentir a sensação de alívio de all done! O dia de ontem não foi nada do género! Tomei riscos que, se tivesses uma família e se estivesse no meu estado normal não o teria feito!
Não é por acaso que coloco o seguinte texto e vídeo. Ao ler com atenção sinto-me com muitos remorsos por ser um pouco doida quando não devia!!! F**** toma juízo miúda!

quarta-feira, 16 de março de 2011

Eddie sempre ao seu melhor nivel! Lá para Junho teremos o cd nas mãos :) Muito bom de se ouvir!


terça-feira, 15 de março de 2011

just fart and cover!!! :)

muito bom!!! :)))


the big truth




in a corridor @MoMA, NY2011!

something strange happened here...


A maneira como reagimos a certos acontecimentos e circunstâncias da vida prende-se com a nossa maneira de lidar com os mesmos, isto é, se somos impulsivos ou racionais.

De certo modo, cada um de nós possui essas duas características e tanto pode reagir com cabeça fria como dominar-se pelas emoções. Será que devemos racionalizar tudo que fazemos? Devemos sempre pesar minuciosamente aquilo que nos acontece, analisar os prós e os contras, os possíveis e prováveis para tomar a nossa decisão ou simplesmente devemos seguir o nosso coração, perder o medo, cagar para o politicamente correcto, simplesmente dizer a nós próprios: "Fuck it all" e fazer aquilo que o nosso coração manda.

Nunca vamos saber qual é o caminho certo para a felicidade, mas se nunca arriscarmos, se nos acomodarmos ao certo, se estivermos sempre com medo de nos magoar como ficamos a saber o que é viver? Podemos arrepender-nos amargamente daquilo que tínhamos feito, mas no final de tudo isso certamente pensar: I did it my way!! Se ainda é daquelas pessoas que está à procura do amor da sua vida - daquelas que lhe faça sentir borboletas na barriga e o nó na garganta só de lhe tocar na mão - pare, vire em direcção contrária e fuja a sete pés! Porque se seguir o caminho e encontrar aquilo que procura, será a maior desgraça da sua vida! Porque vai acabar tudo: as noites tranquilas, a segurança e o amor próprio. A partir daí, tudo e sempre na sua vida será apenas e só em função dessa pessoa. todos os planos, todos os sonhos, todas as vontades vão transformar-se em prol dela. Todos os dias serão começados pelo pensamento sobre essa pessoa, todas as noites vão acabar a pensar nela. será obsessão, uma droga, um grito, um desespero, uma felicidade absoluta. será capaz trocar todo o mundo por um beijo seu, por um toque, por um olhar. Deixa-se escapar o momento, os momentos... um, dois, três, e não ouvirmos a voz amiga que está ao nosso lado a mostrar algo único... mesmo se tivermos num outro continente, numa cidade que nunca dorme. Mas tudo acaba um dia e quando chegar o momento em que ver nos olhos dessa pessoa apenas a indiferença e frieza, o seu coração irá "explodir" no peito e toda a sua vida ficará arruinada como um castelo de cartas. só lhe vão restar o silêncio, o vazio e a solidão. E permanece uma única questão: como é que nos encontramos?

segunda-feira, 14 de março de 2011



Uma viagem a Nova Iorque é um sonho tornado realidade… “Havemos de lá ir!” E de repente estamos a sobrevoar Manhattan, a tentar reconhecer o que só vimos em filmes e fotografias, e ainda nos parece mentira. Não sei se Nova Iorque é a cidade que nunca dorme, a mais cosmopolita e cultural metrópole do mundo ou o local onde tudo acontece… Sei apenas que Nova Iorque é uma cidade arquitectonicamente fabulosa, farta em eventos culturais e manifestações artísticas, uma cidade de gente afável que está de bem com a vida. Uma cidade onde cada um de nós é um potencial nova-iorquino pela diversidade de culturas que ali se cruzam e misturam… E se, ao chegar a Nova Iorque, o seu primeiro destino nocturno for a brilhante e colorida Times Square é um bom presságio, pois vai exclamar comigo: Nova Iorque é um imenso parque de diversões para adultos!

É difícil não nos apaixonarmos por Nova Iorque. Permanentemente invadidos por imagens, histórias e músicas que têm Nova Iorque como inspiração, de um momento para o outro somos nós os actores principais nesta imensa cidade. Já todos ouvimos falar dos incomparáveis museus de Nova Iorque, das luxuosas lojas da 5ª Avenida e dos clássicos musicais da Broadway. Por saber que é uma cidade enorme, que se pode facilmente tornar impessoal, fiquei profundamente impressionada com a simpatia das pessoas com quem nos cruzamos… Enquanto aguardamos que o semáforo nos mande avançar não hesitam em perguntar: “Onde compraste essas botas tão cool?” ou responder com um God bless! ao nosso fugitivo espirro.

Viver a cidade

É Terça, Quarta, Quinta ou Sábado em Nova Iorque! Todos os dias são vividos com intensidade! Que ninguém se enfie dentro de casa (hotel)! Fechar artérias fulcrais na cidade, como meia dúzia de quarteirões da 5ª ou 7ª Avenidas, é perfeitamente normal, se em causa está um museu, uma loja "com aquilo é que não há lá", ou uma loja de arte. A

lgumas das lojas de roupa, sapatos e acessórios mais acessíveis e apetecíveis de Nova Iorque.

É o paraíso do consumo.

Os símbolos de Nova Iorque encontrados em diversas lojas de souvenirs, também lá estão estampados em pijamas e roupa interior.

Os logos com o símbolo de "I love New York", nos quais a palavra love é substituída por um coração representa todo este caldeirão de emoções, funciona como um coração para o nosso mundo, um coração que bate forte e acelerado.

As ruas com pequenos jardim que consegue reunir à sua volta " as ditas personagens curiosas " talvez artistas plásticos, talvez músicos, talvez entertainers, talvez, quiçá um actor de cinema!

E o que fazer num final de tarde, qualquer que seja o dia da semana? Muitos nova-iorquinos fazem-no sempre que têm tempo, quaisquer que sejam as condições atmosféricas… Caminhar, correr ou andar de bicicleta… Onde? Escolho o Central Park se me apetecer ser o centro do mundo.

De um lado lê-se e conversa-se debaixo de um Sol bem quentinho, do outro treinam-se alguns passos de dança de rua e mais ao fundo existe um parque de brincadeiras apenas para cães.

Caminho por entre as árvores, descubro os inúmeros lagos e parques infantis para finalmente chegar ao imenso relvado ladeado por frondosas árvores atrás das quais espreitam os enormes prédios de Nova Iorque… Somos mesmo o centro do universo, mas estamos longe de estar sozinhos.

Se me apetecer olhar a cidade de fora escolho passar, a pé, a movimentada Ponte de Brooklyn. Num dia solarengo, a cidade ganha uma tonalidade espelhada.

De um lado, bem ao fundo, vejo a Estátua da Liberdade, pequena e quase que perdida no meio do East River. Olhando no sentido oposto consigo descobrir os fantásticos Empire State Building e o Chrysler Building no meio de uma floresta de edifícios. À minha frente surge o emaranhado de cabos de aço que tecem a impressionante teia que encima a estrutura pedonal da Ponte de Brooklyn.

Com o cair da noite a Times Square é uma das zonas mais luminosas e animadas de Nova Iorque. Os cartazes publicitários dão cor a esta espantosa praça de Manhattan, mas os milhares de pessoas que por ali passam dão-lhe uma vida incomparável. Passam por ali, a caminho da Broadway, para assistir a um musical ou a caminho do Rockerfeller Center onde a pista de gelo se enche de risos e quedas. O cenário é incrível: luzes frenéticas, imagens em movimento, mensagens efémeras saltam dos edifícios para o centro da Times Square. A surpresa é constante! Um casal de noivos, de de namorados ou de gays, atravessa a praça para comer uma pizza ou beber um café no Starbucks; os simpáticos polícias de Nova Iorque fazem pose junto às suas viaturas, ou ao virar da esquina, e deixam-se fotografar sem descanso; um jovem apresentando um cartaz na mão pergunta-nos todas as noites: “Hey guys, do you like comedy show?”; das tampas dos subterrâneos de Nova Iorque saem os fumos que apenas conhecemos do cinema e ao virar da esquina surge mais um grupo de jovens estridentes que vestem a sua fatiota encarnando uma personagem da disney. Conseguem imaginar?

Viver a Arte

Em Nova Iorque encontramos algumas das mais importantes colecções de arte de todo o mundo. Os museus são inúmeros e muito extensos pelo que vale a pena começar pelo que não se quer mesmo perder… o que fica por ver é sempre uma boa desculpa para voltar. No MOMA (Museu de Arte Moderna) estão as mais importantes peças do design contemporâneo, fotografias que contam histórias da história contemporânea e um magnífico acervo de obras dos maiores pintores da modernidade. Picasso, Monet, Manet, Van Gogh, Bacon, Matisse, Warhol, Ernest e Margritte são apenas alguns dos nomes presentes… um festim de boa Arte.

No Guggenheim as surpresas começam mesmo antes de entrar… a sua fachada é imponente, as linhas denunciam o verdadeiro monstro de modernismo. Visitado por pessoas de todas as idades detemo-nos para ver a reacção e ouvir as interpretações de diversos grupos de crianças que ali aprendem a olhar lá dos traços que contemplam. Com o aproximar das 17h00 o convite para sair é inevitável e começa a correria desenfreada para ver aquele último quadro ou escultura.

Pelas ruas da cidade vive-se a arte em cada esquina. Para os amantes da arquitectura, Nova Iorque é um imenso museu vivo. As longas avenidas da cidade são delineadas, em altura, por magníficos edifícios que convivem em harmonia. Num edifício vemos reflectido outro, que lhe faz frente, e quando o Sol consegue finalmente penetrar nesta imponente floresta de betão as suas sombras tocam-se.

Se a subida ao Empire State Building é obrigatória, é-o igualmente demorada. Corre-se o risco de começar o passeio durante a manhã e quando se atinge o 68º andar já é sol ao cimo. No entanto, a recompensa é imediata: Nova Iorque continua a ser uma cidade surpreendente! No escuro da metrópole descobre-se rapidamente a Times Square, o ponto mais iluminado de Nova Iorque, vê-se a silhueta da Brooklyn Bridge, outro hino à arquitectura, a 5ª Avenida sempre cheia de trânsito e o Chrysler Building, para mim o mais assombroso dos edifícios de Nova Iorque.

Depois de visitar a fenomenal Grand Central Terminal de onde saem cerca de 100 linhas e passam diariamente 500,000 pessoas. Lindo para se observar as pessoas.

Viver os Bairros

Andar, andar, andar… É a palavra de ordem em Nova Iorque. Mas que não se dispense o muito eficiente metropolitano que nos transporta ou ao bus turístico que por momentos nos vimos "pretendentes" de um aparatoso acidente com turistas. Ali preparamo-nos para andar até onde as pernas nos permitam. De repente, estamos numa simpática vila de ruas estreitas e cafés a cada esquina. Para restabelecer as forças entramos num simpático estabelecimento, Starbucks para estranhar :) A dependência da internet é grande, tudo tem um iphone, tudo tem o vício das redes sociais. Seguimos viagem com o tradicional aquecedor entre as mãos. A próxima paragem faz-se junto a uma pequena multidão na Apple Store frente ao Plaza. Todos querem ter a mais recente novidade.

Caminhamos agora na direcção das empedradas ruas do mais glamouroso bairro da cidade, o Soho. Aqui desbravamos algumas das muitas lojas de roupa e acessórios vintage da cidade. Espreitam-se montras, experimenta-se a entrada em algumas lojas e invariavelmente o cumprimento é sempre muito efusivo: Hi! How are you guys doing today? Os prédios altos e as avenidas largas ficaram para trás… Como sabe bem fruir a vida tranquilamente, mas por pouco tempo.

A chegada à Chinatown faz-nos regressar temporariamente ao delicioso alvoroço dos mercados orientais. Ali tentamos regatear como aprendi em Bali não será bem a mesma coisa, mas deve ser raro o que sai do mercado de mãos vazias. É obrigatório parar nas esquinas e ouvir a sussurrarem-nos ao ouvido: louis vuitton, chanel, tudo made in china claro.

O próximo passo é a visita à grande zona financeira de Nova Iorque onde os atentados de 11 de Setembro de 2001 não são esquecidos. Aquela que é uma das zonas mais estratégicas da cidade é também uma das mais emotivas para os nova-iorquinos. Em frente a um enorme estaleiro de obras, onde antes estavam duas imponentes torres gémeas, relembram-se as vidas perdidas e homenageiam-se profunda e incondicionalmente os bombeiros de Nova Iorque.

São muitas as viagens que se fazem em Nova Iorque… Há quem decida visitar todos os museus e galerias da cidade, percorrer apenas as avenidas comerciais ou passar horas de preguiça na relva do Central Park. Visitar os edifícios emblemáticos da cidade, ver teatro e vaguear pelos bairros mais acolhedores da cidade. Comer especialidades dos quatro cantos do mundo, conversar com quem se senta a seu lado no café ou perder-se pelas inúmeras e belíssimas praças da cidade…

Acima de tudo é imprescindível viver a cidade deixando-se contagiar pela extraordinária essência de Nova Iorque… Ah, e sempre que possível seja nova-iorquino.

A todos os que me perguntaram: “Conta lá, como é Nova Iorque?” eu só consegui responder com um sorriso rasgado e um profundo suspiro: “É uma cidade fabulosa, mudava-me hoje para lá!”


as restantes fotos aqui!