segunda-feira, 13 de setembro de 2010

hoje no DN ...

A polémica sobre o direito ao suicídio voltou à ordem do dia hoje, desta vez na Austrália, onde um anúncio sobre a eutanásia foi banido das televisões.

O anúncio mostra um actor a falar sobre o sofrimento que é, para a pessoa e para a sua família, ter uma doença terminal.

Numa lógica de que é possível escolher tudo na vida menos a forma de lhe pôr término, a mensagem acaba dizendo que 85 por cento dos australianos são a favor da eutanásia, que é proibida na Austrália.

'Escolhi casar-me com a Tina e tenho dois filhos fantásticos. Escolhi sempre conduzir um Ford. O que não escolhi foi ter uma doença terminal. Não escolhi morrer de fome porque o acto de comer é como engolir lâminas de barbear", diz o actor, cuja identidade não foi divulgada.

Segundo a BBC, os reguladores dos media australianos argumentam que o 'spot' televisivo promove o suicídio, um acto que é ilegal na Austrália.

Veja aqui o vídeo banido (em inglês):





Já que se fala disto, quero deixar aqui mais uma indicação de um grande filme : You Don't Know Jack.






Mais uma vez Al Pacino encarna um personagem única, assim como fez no brilhante Angels in America, o actor consegue mais uma vez se reinventar. Desta vez, ele deixa os gritos histéricos – que lhe marcaram durante anos de carreira – de lado para viver a história real, do contido e controverso doutor Jack Kevorkian, mundialmente conhecido como Doutor Morte. Este é um médico patologista americano que defendia o direito a morte assistida para pacientes em condições clínicas muito severas. Ele oferecia aos pacientes interessados as condições para o suicídio assistido, técnica na qual o paciente manuseia algo que permite que substâncias letais sejam introduzidas no organismo, mas de forma a não lhe causar dor. No filme a controversa problemática da eutanásia é ilustrada através dos depoimentos dos pacientes que procuravam o médico, demonstrando o desejo que essas pessoas tinham de por fim a um sofrimento que já era irremediável e que só se prolongaria, tornando as vidas delas uma agonia e as das pessoas à sua volta, tendo que enfrentar a situação de ver alguém amado em uma situação miserável de saúde.



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