quinta-feira, 28 de outubro de 2010




Estes dias trago o coração pesado de saudades, saudades de tempos que já não voltam, mas dos quais eu sinto tanta falta e precisava tanto.
Para me equilibrar.
Sinto-me completamente à nora na minha vida, sinto-me mesmo desregulada no meu centro de gravidade e estou farta de dar voltas à cabeça para o poder conseguir estabilizar.
É o que dá viver há meia dúzia de meses como um peixe fora de água. Que insiste em respirar, respirar, respirar até ao último segundo de ar. Eu respiro e insisto em habituar-me, e esforço-me todos os segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses... e não consigo me habituar.
Acumulo dentro de mim lágrimas e mais lágrimas até ao último minuto em que já não consigo aguentar mais. Sou assim. Fico-me e ao mesmo tempo deixo-me ir.
Só me apetece correr para casa dos meus amigos, embrulhar-me no regaço deles e perguntar-lhes se posso ficar ali só por um dia.


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