A dor no meu peito é tão grande, o nó na garganta não se desfaz nem com as lágrimas.
A minha tristeza é tão profunda que me impede não de escrever, mas de falar sobre o assunto. Este fim-de-semana sofri um baque enorme.
Devia estar preparada? Devia, mas não estava. Tal como uma doença fatal numa pessoa que nos é querida, sabemos que ela vai morrer mas quando chega o dia dói na mesma.
Estou baralhada, estou triste, preocupada comigo mesma. Desde sábado à noite estou maluquinha, sem um discurso coerente, numa ansiedade sem fim. Reparei nisso enquanto tentava trabalhar, e, enquanto estou só dou por mim a chorar num quarto escuro. Como qualquer coisa só para me fechar no quarto de hotel e, pedir para que a noite passe rápido. O último sítio onde queria estar era aqui onde estou.
Queria voltar a ser pequenina e me pegassem ao colo.
Tenho que pensar que isto é só mais uma prova. Eu vou vencê-la. Eu vou reencontrar a serenidade perdida há tantos meses.
Eu vou reencontrá-la...
"Vais aprender a olhar quando a dor vier
Vais aprender a desvendar a parte fraca do que és
P’ra descobrir depois quando a luz voltar
Tens um jardim a procurar
Que precisa de saber
Quanto tempo vai durar
Este muro a prender"
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