Conheço certos hospitais e clínicas como ninguém. Já fiz todos os exames médicos possíveis e imaginários. E é duro constatar que, à medida que o tempo passa, cada vez é mais angustiante a espera de um resultado. Está mal. Devia ser ao contrário. Habituamo-nos a tanta coisa ao longo da vida, também devíamos habituar-nos a caminhar permanentemente no fio da navalha.
A vida é injusta é certo.
Mas acredito que com fé e muita força irei conseguir superar esta fase. Tenho amigos que dizem que eu sou uma pessoa única e que me desejam tudo de bom. Dão-me muito carinho e querem que eu ultrapasse rapidamente esta fase menos boa e que comece a sentir o gosto pela vitória. Um muito obrigada a todos os que fazem parte da minha vida!
Adoro-vos um a um (sem tirar nem pôr)!
Cada dia que passa sinto-me mais feliz por conhecer pessoas com mais força do que eu! Há uma pessoa que me é muito especial: Maria! Linda de morrer!
Maria está a fazer parte de um projecto muito giro. Dá ar da sua graça erguendo "o geladinho amigo" (nome do projecto).
Sabiam que o gelo diminui náuseas e vómitos? O gelado, além de livrar dos enjôos de crianças e adultos que fazem quimioterapia, ajuda a deixá-los nutridos. O segredo está nos compostos alimentares adicionados à receita. Além do suco de frutas, o geladinho conta com suplemento alimentar em pó, maltodexitrina (açúcar de fruta), leite em pó, e proteína em pó.
Maria adora...e eu adorei vê-la a sorrir!
Começa a contagem decrescente para o começo de um novo ano, ou para o fim de um velho. É uma altura de grande reflexão. Pensamos no que fizemos, no que nos faltou fazer, no que correu bem, no que correu mal. No fundo, pensamos em cada dia do ano que está a acabar, englobando atitudes, sentimentos, emoções, aventuras ou desventuras, enfim... Colocamos tudo numa balança e temos esperança que as coisas positivas tenham mais peso e que possamos guardar o ano na caixinha das recordações e seguir em frente com vontade que o próximo seja ainda melhor. Pela primeira vez eu não quero guardar o ano que está a chegar ao fim numa caixa de recordações: como posso querer recordar um ano assim? Vou antes guardar momentos. Sim, porque nem tudo foi mau, houve momentos bons, muito bons, mas que infelizmente não chegam para contrabalançar o peso das coisas negativas que se acumularam num dos pratos da balança. Este ano fez-me crescer. Não que eu quisesse. Não que eu tivesse pedido. Mas tive que crescer ... O meu coração foi partido, agitado. Pisado. Este ano conheci e reencontrei pessoas maravilhosas, não preciso de citar nomes, eles sabem quem são. Ainda irei mandar uma sms a dizer o quanto gosto deles. Vou dedicar-me a quem me quer bem... Agora que 2010 chega ao fim eu faço uma reflexão sobre tudo o que se passou em 12 meses. Faço uma reflexão e guardo 2010 numa caixa qualquer. Não numa caixa de recordações. Numa caixa para nunca mais abrir. Para nunca mais pensar.
O resto, o que foi bom, fica aqui guardado em mim, para me lembrar sempre que mesmo de um cenário negro se podem tirar coisas com cor. E vou usar essas cores para começar a pintar um ano 2011 que tenho esperança que venha a ser um bom ano para guardar numa caixa de recordações.
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