Ou como quem diz: o plano que é suposto termos acerca de como a nossa vida vai correr, por forma a uma agradável aceitação social: Namorar - Casar - Ter filhos - Amadurecer - Envelhecer - Ter netos - Envelhecer - Morrer.
Não me choca que este continue a ser o plano da maioria das pessoas, mas a verdade é que os tempos mudam e, essencialmente, as nossas vontades mudam.
Quando namoramos à séria pela primeira vez achamos que aquilo vai ser para sempre, que vamos parar no altar com aquela pessoa, ter uma vivenda, um cão e 3 filhos, enquanto conciliamos um emprego estável que nos realize.
Não pensamos que se calhar nem vamos querer casar, ou que não precisamos disso para ter filhos e nos sentirmos completos.
Não pensamos que o nosso trabalho de sonho e pelo qual lutámos tanto afinal tinha bem menos glamour e acabamos longe do que planeámos para nós.
Não pensamos que é impossível manter uma verdadeira paixão ardente por todos os anos que nos faltam viver e esquecemos os obstáculos que a vida nos põe.
Não pensamos que um dia podemos acordar e não ter saúde para trabalhar, nem uma conta recheada para pagar a pensão de alimentos dos filhos perante uma antiga cara-metade amargurada.
Não pensamos que a vida é uma sucessão de momentos espontâneos, desencadeados pelas nossas acções, mas nunca programados ou controláveis.
Os planos não incluem escapes, percalços, contenções, desgostos ou alterações.
E aqui é onde começamos a errar. Quando não nos sabemos adaptar.
Os planos podem incluir todos os nossos sonhos neles, mas têm de incluir a nossa realidade também.
Sem pó de arroz e artifícios.
Jogas sozinha...
ResponderEliminarVamos um contra o outro?
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