terça-feira, 19 de julho de 2011

mamas

Grandes. pequenas. Médias. Assim-assim. Há gostos para tudo. Não conheço um homem que goste de mulheres que não goste de mamas. E, para dizer a verdade, poucas são as mulheres que não se deixam moldar pelos conceitos e esteriótipos (masculinos?) sobre as mesmas. Durante séculos a arte mostrou-nos mulheres elegantes com mamas pequenas. Depois vieram as pin-ups e mulheres de formas generosas e roupas justas começaram a povoar a imaginação masculina. E a feminina também. Hoje, apesar de haver mulheres como a Kate Moss, e a Keira Knightley, e a Natalie Portman (lindas, lindas, lindas, e inteligentes, e fabulosas, e cheias de classe, e sexys, e tudo) continua a preponderar a opinião de que um peito grande é sempre melhor que um pequeno. Que indica mais generosidade, ou sensualidade, ou sexualidade... e por aí em diante.
Isto tudo vem a propósito de nestas últimas semanas ter andado a pensar mais nas minhas mamas que durante os últimos 20 anos. Ora eu, que na maior parte do tempo vivo neste planeta, e tento equilibrar a balança cabeça + corpo, sou gaja. E como gaja que sou, insatisfeita (e com ideias moldadas pelo que penso que os outros querem), sempre disse que gostava de ter "um bocadinho mais", por achar que tinha um bocadinho menos. Sempre achei que eram pequenas, que era pouco, que olha que bem que me faz ao decote um soutien almofadado, e coiso, e blá blá blá. Mas ontem quando alguém me disse que a não-sei-quantas "que tinha umas maminhas assim como as tuas" pôs silicone, dei por mim a abanar a cabeça, a rir e a pensar, que disparate! Não pelo silicone, atenção, nada contra. Mas por mim. Senti-me palerma, tonta, por me ter preocupado tanto com o tamanho das minhas mamas, por ter dito algumas vezes frente ao espelho, a empurrá-las, gostava que tivessem mais um bocado aqui de lado. Por, nesses momentos, ter ponderado que um saquinho de compostos químicos me poderia fazer mais feliz.
Porque agora percebo que às vezes, por um minuto, um dia, uma semana, pode de repente pairar sobre nós uma dúvida angustiante de que aquela mama que tanto nos desagradou possa estar doente. E atrás dessa dúvida vem a equação de todas as consequências que isso pode trazer. E só se suspira de alívio quando nos dão a certeza que se vão manter perfeitinhas e bonitinhas, mesmo pequeninas.
Depois disso, acreditem, só se pode pensar "tenho umas mamas fabulosas!"

2 comentários:

  1. lol isto faz-me lembrar de uma conversa que tive com o LP quando voces se conheceram.

    Um dia conto-te :P

    ResponderEliminar
  2. Concordo contigo, não precisas de nada disso, os exemplos que deste das actrizes é mesmo espelho disso, elas são lindíssimas e não precisam de decotes, eu acho que os decotes servem para distrair um gajo quando a gaja não tem assunto, sempre sonhamos, e sim os gajos adoram mamas, mas não é tudo...
    Vicélio

    ResponderEliminar