quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
And the rain has returned... =(
Todo o dia...
...chuva, chuva chuva, chuva, chuva, chuva...
...frio, frio, frio, frio, frio, frio...
...à noite...
...chuva e (muito) vento e frio, chuva e (muito) vento e frio...
Acho que vai-me saber bem adormecer ao som da chuva a cair, do vento a abanar as persianas do quarto e sentir que lá fora está imenso frio e que estou confortavelmente enrolada nos cobertores a divagar pelos pensamentos nostálgicos que neste tempo são propícios...
sábado, 25 de dezembro de 2010
...apenas quero alguem que me levante do chão, que me abrace e adore fazê-lo, que me mime e que adore estar na minha companhia, que me preencha o coração e me faça derreter só com um simples entrelaçar de dedos, que queira fazer planos pequeninos e que me adore todos os dias um bocadinho mais...
Este é mesmo o único presente que realmente queria...
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Sinceramente eu já não consigo entender o que quero ou não quero, gosto ou deixo de gostar. Sinceramente já nem sei o que me faz feliz por que o que não faz eu sei perfeitamente, não sei é como eliminar isso, sim por que para eliminar isso teria de arrancar uns bons pedaços de vida como quem arranca carne de ossos.
É basicamente isto.
Precisava de recuar, mas um recuar completo de um verdadeiro delete. Um recuo daqueles como se nada tivesse existido, vivido. Isso sim, deixar-me-ia verdadeiramente feliz, muito mais aliviada.
Há coisas que poderiam ser tão simples. Poder, podiam. Sim, podiam, mas eu sou deveras racional para poder viver com tamanha simplicidade. Penso demais. Penso demais!!
Por vezes, parece que carrego sobre mim um peso incalculável. Parece que não ando, rastejo. Quero-me ver livre e em vez disso o peso abate-se ainda mais sobre as minhas costas.
Tudo piora quando sabemos perfeitamente o momento em que tivemos de optar sem saber o que tudo hoje acarreta. Tudo piora. Devíamos de ter um alarme qualquer nos momentos decisivos das nossas vidas.
No amor e no trabalho. Ainda hoje consigo perceber esses dois momentos tão decisivos que tive. E hoje tenho plena consciência que quando virei à direita, deveria ter virado à esquerda.
É basicamente isto.
Precisava de recuar, mas um recuar completo de um verdadeiro delete. Um recuo daqueles como se nada tivesse existido, vivido. Isso sim, deixar-me-ia verdadeiramente feliz, muito mais aliviada.
Há coisas que poderiam ser tão simples. Poder, podiam. Sim, podiam, mas eu sou deveras racional para poder viver com tamanha simplicidade. Penso demais. Penso demais!!
Por vezes, parece que carrego sobre mim um peso incalculável. Parece que não ando, rastejo. Quero-me ver livre e em vez disso o peso abate-se ainda mais sobre as minhas costas.
Tudo piora quando sabemos perfeitamente o momento em que tivemos de optar sem saber o que tudo hoje acarreta. Tudo piora. Devíamos de ter um alarme qualquer nos momentos decisivos das nossas vidas.
No amor e no trabalho. Ainda hoje consigo perceber esses dois momentos tão decisivos que tive. E hoje tenho plena consciência que quando virei à direita, deveria ter virado à esquerda.
sábado, 18 de dezembro de 2010
“Nenhum de nós é tão bom, quanto todos nós juntos”
Conheço certos hospitais e clínicas como ninguém. Já fiz todos os exames médicos possíveis e imaginários. E é duro constatar que, à medida que o tempo passa, cada vez é mais angustiante a espera de um resultado. Está mal. Devia ser ao contrário. Habituamo-nos a tanta coisa ao longo da vida, também devíamos habituar-nos a caminhar permanentemente no fio da navalha.
A vida é injusta é certo.
Mas acredito que com fé e muita força irei conseguir superar esta fase. Tenho amigos que dizem que eu sou uma pessoa única e que me desejam tudo de bom. Dão-me muito carinho e querem que eu ultrapasse rapidamente esta fase menos boa e que comece a sentir o gosto pela vitória. Um muito obrigada a todos os que fazem parte da minha vida!
Adoro-vos um a um (sem tirar nem pôr)!
Cada dia que passa sinto-me mais feliz por conhecer pessoas com mais força do que eu! Há uma pessoa que me é muito especial: Maria! Linda de morrer!
Maria está a fazer parte de um projecto muito giro. Dá ar da sua graça erguendo "o geladinho amigo" (nome do projecto).
Sabiam que o gelo diminui náuseas e vómitos? O gelado, além de livrar dos enjôos de crianças e adultos que fazem quimioterapia, ajuda a deixá-los nutridos. O segredo está nos compostos alimentares adicionados à receita. Além do suco de frutas, o geladinho conta com suplemento alimentar em pó, maltodexitrina (açúcar de fruta), leite em pó, e proteína em pó.
Maria adora...e eu adorei vê-la a sorrir!
Começa a contagem decrescente para o começo de um novo ano, ou para o fim de um velho. É uma altura de grande reflexão. Pensamos no que fizemos, no que nos faltou fazer, no que correu bem, no que correu mal. No fundo, pensamos em cada dia do ano que está a acabar, englobando atitudes, sentimentos, emoções, aventuras ou desventuras, enfim... Colocamos tudo numa balança e temos esperança que as coisas positivas tenham mais peso e que possamos guardar o ano na caixinha das recordações e seguir em frente com vontade que o próximo seja ainda melhor. Pela primeira vez eu não quero guardar o ano que está a chegar ao fim numa caixa de recordações: como posso querer recordar um ano assim? Vou antes guardar momentos. Sim, porque nem tudo foi mau, houve momentos bons, muito bons, mas que infelizmente não chegam para contrabalançar o peso das coisas negativas que se acumularam num dos pratos da balança. Este ano fez-me crescer. Não que eu quisesse. Não que eu tivesse pedido. Mas tive que crescer ... O meu coração foi partido, agitado. Pisado. Este ano conheci e reencontrei pessoas maravilhosas, não preciso de citar nomes, eles sabem quem são. Ainda irei mandar uma sms a dizer o quanto gosto deles. Vou dedicar-me a quem me quer bem... Agora que 2010 chega ao fim eu faço uma reflexão sobre tudo o que se passou em 12 meses. Faço uma reflexão e guardo 2010 numa caixa qualquer. Não numa caixa de recordações. Numa caixa para nunca mais abrir. Para nunca mais pensar.
O resto, o que foi bom, fica aqui guardado em mim, para me lembrar sempre que mesmo de um cenário negro se podem tirar coisas com cor. E vou usar essas cores para começar a pintar um ano 2011 que tenho esperança que venha a ser um bom ano para guardar numa caixa de recordações.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
A season dos exames médicos, das angústias e das incertezas está à porta. O céu deixou de ser azul e encheu-se de nuvens negras, que podem originar (ou não) fortes tempestades... a ver vamos.
Os meus últimos três dias foram de carinho e muita risada. Por muito que se seja optimista e que tenha encarado a vida com um sorriso nos lábios, há sempre a realidade de que alguma coisa não está bem.A minha vida prossegue em modo stand by até o sol brilhar de novo. Sem qualquer vestígio de tempestades ou nuvens negras no horizonte (I hope so!).
domingo, 12 de dezembro de 2010
Na minha infância tinha um sono de pedra, um sono capaz de meter muita inveja pois, mesmo que me acordassem de manhã, dizia aos meus pais, "Vá lá só mais cinco minutos". Primeiro nunca gostei de acordar de repente e levantar-me que nem um soldado em plena guerra, gosto de o fazer aos poucos, a não ser que esteja realmente atrasada. Depois, quando pedia aqueles cinco minutos, com a voz mais arrastada do mundo, bastava um "Mas são só mesmo cinco minutos, já te venho chamar" para adomecer numa questão de segundos e dormir literalmente aqueles cinco minutos. Ainda hoje a minha mãe, quando estes episódios vêm à baila, fica com uma cara de surpreendida, pois eu ferrava-lhe bem na almofada.
A realidade de hoje é para mim um pouco desconfortável, visto que a pedrada valente de outros tempos foi sendo substituída por uma sono dos mais leves. Para terem noção do ponto da situação, demoro cerca de vinte minutos a adormecer e acordo com qualquer barulhinho. Ouvidos de tísica? Talvez. Do portão da garagem a fechar, das crianças a brincar no páteo, do vizinho a fechar ou a abrir a persiana, ou até mesmo da vibração do elevador a parar no meu andar, vale para me despertar. Sono reconfortante não tenho aos anos, mas habituei-me à situação. Faço uma coisa que me ajuda a adormecer que é observar o meu cãozinho. É como se tivesse uma presença e me sentisse mais segura.
Somos feitos de marcas, episódios, lutas, pormenores, risos e lágrimas, dores e crenças. Ao longo da vida vamos construindo, derrubando muros, saltando barreiras de obstáculos. Há também aqueles momentos em que simplesmente baixamos os braços, deitamo-nos no chão frio e deixamo-nos ficar lá, imóveis, inertes, até arranjarmos formas e forças para nos levantarmos. Decidimos reconstruir-nos. Passamos a vida a limar arestas, a tentar sermos melhores seres humanos, a tentar alcançar metas, pessoais e profissionais, que nos façam, por momentos, sentir realizados. Já estive várias vezes deitada inerte no chão frio e já me levantei a vezes que consegui. Todos temos uma história para contar. Já todos sentimos a vida ser mais-madrasta que mãe. Quando alguém novo entra na nossa vida não lhes mostramos logo as cicatrizes, não lhes contamos logo a nossa história. Não nos armamos em coitadinhos. Não queremos que as vezes que nos deitámos no chão frio sejam das primeiras coisas a saberem sobre nós. Damos por nós a pensar que não sabemos quanto tempo aquela pessoa vai estar na nossa vida ao ponto de nos sentirmos na obrigação de partilhar as résteas, os destroços, de fases menos felizes. Não gostamos de falar daqueles episódios menos brilhantes. Uns em que somos responsáveis, outros em que nunca tivemos uma forma de fugir. Há coisas na vida que não podemos escolher. São como são. Lidamos com isso da melhor maneira que conseguimos. Não falamos sobre isso, lidamos com isso. Mas a vida não espera e o tempo não pára para que tenhamos tempo de ter certezas, em relação a alguém novo na nossa vida e sobre quanto tempo vai ficar, e acaba por haver um momento em que nos mete a desmoronar por dentro em frente a alguém que não conhece a nossa história. E nessa altura, sem ensaios e sem cábula, vemo-nos obrigados, sem certezas, a deixar que uma pessoa que é nova na nossa vida, de um momento para o outro nos veja as cicatrizes. Que saiba aquela história que não gostamos de contar, que tão pouca gente sabe, que só sabem as pessoas que nos conhecem há mais tempo, aquela onde não tivemos poder de escolha mas que nos vai magoando ao longo da vida. Precisamos de contar a história para justificar actos, opiniões, formas de agir e reagir. Contar uma parte da minha vida a alguém que não sei quanto tempo vai fazer parte dela é um esforço brutal. É pesado. É também uma prova de confiança. É um medidor de afectos. Já conheces a minha história, uma delas. Obrigada por continuares aqui, na minha vida.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
domingo, 5 de dezembro de 2010
As belíssimas versões que David Fonseca produz com temas de Natal são já para mim uma tradição desta quadra. Em 2006 encantou com " Little Drummer Boy", em 2007 brindou-nos com "Amazing Grace", em 2008 traz-nos o tema "O Come All Ye Faithful" num registo sui generis, simplesmente admirável. Em 2009, cá está uma forma bem mais interessante de gostar do tema "Last Christmas"… :) A‘homemade’ versão de David Fonseca é, como sempre, fantástica. Diz ele que é uma canção de Natal que serve para nos aquecer num dia de chuva… eu cá acho que ajudou e muito.
Na minha opinião (humilde, claro), David Fonseca nasceu claramente no país errado… Eu sei que isto soa a fatalismo lusitano, mas talvez numa outra esfera, com um público “à sua medida”, a sua genialidade fizesse história sem grandes impedimentos. Ou será esta a forma de Portugal saber destacar a arte por entre a mediocridade? Fica a questão…
Resta agradecer a David Fonseca e ficar atenta ao que ele nos irá proporcionar neste Natal ...
sábado, 4 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
recomendo... Zudan
Nuvens... Existo sem que o saiba e morrerei sem que o queira. Sou o intervalo entre o que sou e o que não sou, entre o que sonho e o que a vida fez de mim, a média abstracta e carnal entre coisas que não são nada, sendo eu nada também. Nuvens... Que desassossego se sinto, que desconforto se penso, que inutilidade sequero! Nuvens... Interrogo-me e desconheço-me. Nada tenho feito de útil nem farei nada de justificável. Tenho gasto a parte da vida que não perdi em interpretar confusamente coisa nenhuma, fazendo versos em prosa àssensações instransmissíveis com que torno meu universo incógnito. Estou farto de mim, objectiva esubjectivamente. Estou farto de tudo, e do tudo de tudo.
Não sei se durmo, ou se só sinto que durmo.
FILME DO DESASSOSSEGO, de João Botelho
"os pensamentos fragmentados" de Bernardo Soares, o ajudante de guarda-livros.
EDDIE VEDDER
Seattle, 2006
PHOTOGRAPHER DANNY CLINCH SAYS: I was shooting a video with Pearl Jam for the single ''World Wide Suicide'' and there was downtime, so Ed asked me to come to the studio; the band was wrapping up for the night and he wanted to play the record for me. He cued up the first song and then stopped it and asked me to wait a minute. Then he gathers all these handwritten lyrics and puts the stack in front of me and says, ''Now we can listen.'' And I'm thinking, Eddie Vedder wrote these songs with a pen and paper! It's cool to be Danny Clinch right now.
She said to me, over the phone she wanted to see other people
i thought, "well then, look around, they're everywhere"
said that she was confused...i thought, "darling, join the club"
24 years old, mid-life crisis nowadays hits you when you're young
i hung up, she called back, i hung up again
the process had already started
at least it happened quick
i swear, i died inside that night my friend,
he called i didn't mention a thing
the last thing he said was, "be sound"...sound...
i contemplated an awful thing, i hate to admit
i just thought those would be such appropriate last words
but i'm still here and small so small..
how could this struggle seem so big?
so big...while the palms in the breeze still blow green and the waves in the sea still absolute blue
but the horror every single thing i see is a reminder of her
never thought i'd curse the day i met her
and since she's gone and wouldn't hear who would care?
what good would that do?
but i'm still here
so i imagine in a month...or 12
i'l be somewhere having a drink
laughing at a stupid joke or just another stupid thing
and i can see myself stopping short drifting out of the present
sucked by the undertow and pulled out deepand there i am,
standing wet grass and white headstones all in rowsand in the distance there's one,
off on its own so i stop, kneel my new home...
and i picture a sober awakening,
a re-entry into this little bar scene sip my drink til the ice hits my lip
order another round and that's it for now
sorry
never been too good at happy endings...
[há histórias que, mesmo tristes, são tão bonitas, quando contadas pelas vozes certas, das pessoas certas. Este homem é único.]
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Um querido amigo diz-me, com alguma regularidade e quando lhe conto determinados episódios do meu dia-a-dia, que atraio pessoas malucas. E, de facto, começo a dar-lhe razão. A verdade é que eu também não tenho os parafusos todos bem apertados. Ainda agora, vinha a pé, pelo bairro alto, e dei por mim a falar sozinha. E atenção! Não era um simples movimento de lábios. Eu vinha a debitar um texto digno de um guião de cinema. Também já reparei que costumo - ainda que timidamente - dançar, enquanto espero que a senhora do bar me atenda. Definitivamente, não regulo bem do andar superior. Talvez isso atraia pessoas desequilibradas. Só pode ser. Mas sou euzinha!! :))
Subscrever:
Mensagens (Atom)