segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011



Não sou dada a estas coisas; acho um desperdício de água e uma soberana perda de tempo, mas há dias em que parece que o calor aquoso e perfumado com alguma permanência é a única sensação capaz de expulsar a fadiga; nada de flutes, cinzeiros, revistas, chocolates ou similares. Água bem quente e muitos óleos essenciais. Apenas. E só.


and the oscar goes to..



Estava expectante pela cerimónia dos Óscares deste ano, mas tenho de admitir que infelizmente a desilusão foi muito grande. Não sei se era pelo meu cansaço mas é o que eu acho. James Franco e Anne Hathaway são dois belíssimos actores, mas apenas isso, porque mostraram que não nasceram para apresentar espectáculos desta envergadura. Tivemos por isso 3 horas de muita monotonia, falta de ritmo, sensaboria e ausência de carisma e entrega dos dois apresentadores. Achei, contudo, que Anne Hathaway, apesar de uma postura estridente, esteve bem melhor que Franco, que parecia estar um tanto ou quanto ‘dormente’, já para não falar na sua dicção, que, na minha opinião estava péssima.





A verdade é que, quando os discursos dos vencedores ou o texto dos co-apresentadores suplantam a presença dos anfitriões, há que pensar que algo está mal. Não digo que seja tudo culpa da jovem dupla, já que quem escreve os guiões tem a sua quota parte, mas a falta de química entre os dois, o nervosismo e uma fraca capacidade de improviso tornaram esta cerimónia num autêntico ‘flop’. Se poderia ter sido pior? Podia, mas, graças à escolha feliz do guarda-roupa de Hathaway, as coisas mantiveram-se esteticamente coerentes. Tenho saudades de maravilhosas cerimónias de outrora, que nos faziam acreditar que estávamos a assistir a um espectáculo de entretenimento, que transpunha a simples e glamorosa entrega de prémios. Resta-nos esperar pelo ano que vem!







E assim foi no sábado. Ao vivo, é muito melhor.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Para além de linda...vale a pena ouvir :)







"Perfection is not just about control. It's also about letting go."
(Black Swan)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011


Conseguimos olhar para um momento, para alguém, para um acontecimento, para um sentimento, com um olhar diferente. E normalmente tudo o que precisamos para o fazer resume-se a tempo e distância emocional.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011


Sempre achei que a grande maioria das pessoas, se não todas mesmo, por muito que sorrissem, por muito que andassem a apregoar felicidade eterna, suprema, deslumbrante, carregavam dentro delas mesmas um enorme mundo de preocupações, tristezas, perdas e cansaço, sobretudo cansaço. Já dizia Fernando Pessoa:
« O que há em mim é sobretudo cansaço
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo, Cansaço. »
E cada vez mais me apercebo do quão certo Pessoa estava. Às vezes não há nada que nos faça desmoronar com tanta rapidez e precisão, como o cansaço. Atingimos o nosso limite, o nosso "humanamente possível" (que, por nos esquecermos que varia de pessoa para pessoa, nem nos damos ao trabalho de pensar até onde será o nosso e se já lá chegámos). Vamos vivendo assim, dia após dia, aguentando uns dias melhor, outros dias pior. Porque realmente há dias que nos correm maravilhosamente bem. Sim, há. Existem. Graças a eles mantemo-nos de pé, sempre achei. Os dias muito bons servem para nos piores momentos, nos lembrarmos que conseguimos ser felizes. Servem para isso, tão simplesmente. Talvez para nos darem mais sorrisos, mais rugas, que até são bem vindas nesse caso. Tudo em nome da felicidade.

Mas temos alguma tendência para nos viciarmos em ir aguentando. Até que chegamos a um dia em que paramos tudo o que estamos a fazer, olhamos à nossa volta e queremos hibernar paz. Precisamos de mais do que minutos para nós. Precisamos de horas. Para pensar. Para parar. Para nos lembrarmos do que é sentirmo-nos bem. E esse sentimento eventualmente chega. Se o deixarmos vir. O problema está quando pensamos que não podemos parar. "Parar, como? Tenho trezentas e setenta e oito coisas para fazer hoje, já para não falar no facto de o tempo não parar e o jantar, e o trabalho, e ir a um cliente, e a outro, e o carro, e preparar tudo...

Normalmente isto acaba numa coisa: em comerçarmos a chorar um dia sem razão nenhuma e desejarmos que ninguém nos pergunte porque é que estamos tristes, para não termos de responder um tão vago e ridículo verdadeiro "não sei..."

E era tão mais fácil se nos obrigássemos a parar. Uma hora num dia. Duas horas no outro. Três no seguinte. Quem sabe se no fim da semana já não estaríamos novamente bem. Novamente felizes. Novamente em paz. Resulta. Isso garanto.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011


Sinto que guardo muralhas feitas de cartão...
Guardo os defeitos que me atam ao chão...

Não está fácil conseguir gerir todo o trabalho e tudo o que está à volta do mesmo. Talvez seja eu que me dou muito de mim e não consigo dizer não. São os clientes, são os chefes, são os colegas ... é a família...Talvez seja eu a querer compensar àqueles que me ajudaram numa fase mais complicada da minha vida... talvez...talvez...
O certo é que só posso contar comigo mesma para tudo se concretizar. Para isso vou ter que me organizar (mais ainda) e só parar para descansar daqui a quinze dias.. o que são quinze dias?!?
Vou me dedicar a isto com tudo o que tenho para deixar tudo feito! E vou conseguir... até breve!

domingo, 20 de fevereiro de 2011







Muito bom mesmo! Muito envolvente e verdadeiro!

Gostava de acreditar que o Brasil não está preso a este círculo de combate da violência com uma violência ainda maior. As consequências só podem ser devastadoras.

Para todos.


filmes, pipocas, chá e mimos!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Vida do fotógrafo favorito de Nova Iorque chega ao cinema - vídeo


Gostava muito de o encontrar a trabalhar ...

A vida e obra deste fotógrafo, que há 50 anos vive num cubículo por cima de Carnegie Hall e dorme numa cama de campanha rodeado de arquivos fotográficos ("Quem precisa de uma cozinha ou casa de banho?", diz Bill), foi transformada num documentário realizado por Richard Press. Chama-se "Bill Cunningham New York" e estreia dia 16 de Março nos cinemas nova iorquinos.
Um pouco mais sobre este senhor aqui!

Recomendo! Muito bom filme! Adorei ter visto a Natalie Portman a desempenhar o papel de Nina, sempre na tentativa de ser aquilo que todos os outros esperam dela não se conhecendo a si mesma. Sempre muito frágil, muito protegida, e perante as críticas dos outros, trabalha para ser perfeita. Mas o verdadeiro desafio surge quando lhe é exigido que abandone todo esse controlo que impôs a si mesma. Na busca da sua identidade, ela descobre a dualidade que a habita... Da mesma forma que a degradação física estimula o desgaste psicológico tornando-a competitiva, apreensiva e nervosa.

Para mim, Black Swan é uma visão pragmática sobre o agonizante caminho para a perfeição e a agonizante tragédia que é atingi-la. Descobrirmos que pode implicar descobrir coisas que desprezamos. E o maior drama da nossa vida pode ser exactamente conseguir aquilo que sempre desejámos.


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

a precisar de férias... ASAP!!!
Adivinhem onde?

The Big Apple City

Existem muitas explicações históricas para ser chamada de The Big Apple, mas eu prefiro acreditar na minha:
"o fruto do pecado e da perdição"

IMPORTANTE: Alguém tem alguma dica imperdível? Fale agora ou cale-se para sempre!

a frase perfeita...


(do filme "no strings attached")
in progress...


full moon mode


Cada vez mais sinto que as amizades são feitas de pedacinhos...pedacinhos de tempo que vivemos com cada pessoa. Não importa a quantidade de tempo que passamos, mas a qualidade do tempo que vivemos..assim aprendemos amar sem julgar e cada pedacinho desse tempo faz nos ser quem somos.
É bom sentir que o "tempo gasto" com cada um dos meus amigos é "tempo ganho"!!

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

É que eu sou daquelas que ainda escreve cartas de amor. Apaixonada e lamechas como só o amor me faz ser.

"As cartas de amor, se há amor
Têm de ser Ridículas.
Mas afinal
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são Ridículas."
Álvaro de Campos (1935)




Há datas que convém não menosprezar meus amigos. Toma, embrulha e mete um laço que é de oferta!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

amor?

"... Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio da multidão. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campainha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém - e estou a escrever para os que gostam menos, vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor de hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante do que nós."


Fernando Alvim, in Margarida Rebelo Pinto - Onde reside o Amor.

Sabes, avó? Se estou aqui hoje, a escrever, se fiz disso uma das minhas formas preferidas de ocupar o tempo livre, se não vivo sem escrever tudo o que me passa pela cabeça e pelo coração, a culpa é, em grande parte, tua. O gosto pela escrita foste tu que mo pegaste, foste tu que me aguçaste o ouvido para a harmonia das palavras, quando me sentavas ao teu colo durante tardes inteiras e ficávamos ali a ler poemas e, melhor ainda, a escrevê-los. Lembro-me de fazer jogos de rimas contigo, de estar tão pequena ao teu colo e tão feliz por tu me deixares ser parte dessa tarefa tão importante que era escrever a tua vida em poesia. Lembro-me de não conseguir evitar as lágrimas quando, anos mais tarde, já depois de teres morrido, avó, encontrei aquele poema que tu escreveste para mim. Foste tu que me apresentaste a nomes como o de Cesário Verde, o de Fernando Pessoa, o de Florbela Espanca - agradeço-te eternamente por isso, avó.
Quanto a ti, avô, agradeço-te a paciência eterna para brincares comigo, o modo como quase me ralhavas quando te sujava o chão todo com giz para jogar à macaca - mas na verdade nunca me ralhavas -, a capacidade para fazeres sempre as minhas comidas preferidas (gemadas com canela ao pequeno-almoço e biscoitos para o lanche). Tinhas a bondade espelhada nos olhos cinzentos, avô, sempre tiveste... Não me esqueço de ti, da tua voz sempre brincalhona nem do teu cabelo dum branco perfeito, nem de como, depois de morreres, avô, acordava à espera de ouvir os teus passos no corredor e eles nunca chegavam, e tu nunca aparecias à porta para ver se eu já estava acordada.
Tenho saudades vossas, avós. Deram-me aquelas que foram as melhores recordações da minha infância, e agradeço-vos por terem partido na altura certa. Hoje, não saberia perder-vos...
Beijinho na careca para ti, avô (lembras-te?), e no alto da cabeça para ti, avó (porque eras pequenina demais para beijos no rosto). Espero que tenham orgulho em mim.
*

-Letter to someone from your childhood

sábado, 12 de fevereiro de 2011




esta duas musicas põe-me o pézinho a mexer enquanto trabalho no Mac...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

há combinações perfeitas não há?


saudades dos meus bigodes de leite inocentes


Gostamos das pessoas que vivem divertidas, a sorrir, optimistas e isso, ao contrário do que muitos asseguram, não é uma condição, é uma vontade. Não é algo que apenas nasce connosco, mas sim algo que se trabalha e educa, que cresce e amadurece. Um dos segredos para essa boa disposição é ser extremamente tolerante, levar a vida sem grandes dramas, desdramatizando os contratempos, as atitudes e, sobretudo, os erros: os nossos e os dos outros.
Ironizando e sorrindo sempre para o que complica a vida, deixando assim o destino sem argumentos. Mas, quase como castigo por tamanha desfaçatez, a tolerância excessiva tem um preço: a intolerância. Porque é da nossa essência, queremos sempre mais e sempre o mesmo. Se nos habituam a seda, reagimos mal à lã, se nos deram calor, vamos cobrar o frio e assim, nos dias cinzentos, quando precisamos de um ombro, normalmente temos um olhar desconfiado, de quem não está habituado a um rosto fechado.Ironia, é precisamente nesses momentos de confronto, que fica provado o nosso valor para os outros: afinal, gostarem de nós quando estamos bem, é fácil. O difícil (e mais verdadeiro) é gostarem, ainda mais, quando não estamos.
É um processo longo e difícil, como sempre o são as aproximações entre duas pessoas habituadas a estarem sozinhas. Primeiro parece fácil, é o coração que arrasta a cabeça, a vontade de ser feliz que cala as dúvidas e os medos, mas depois é a cabeça que trava o coração, as pequenas coisas que parecem derrotar as grandes, um sufoco inexplicável que parece instalar-se onde dantes estava a intimidade. É preciso saber passar tudo isso e conseguir chegar mais além, onde a cumplicidade – de tudo, o mais difícil de atingir – nos torna verdadeiramente amantes.
"...Most days of the year are unremarkable, they begin and they end with no lasting memories made in between. Most days have no impact in the course of the life...
... there are no miracles, there's no such thing as fate , nothing is ment to be..."

500daysofSummer
ahahah ... o mais comum neste dia tããããooooo especial :)


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

love and the other drugs...


...e depois há filmes que não esquecemos!





Amor é o que existe,

o que persiste,

o que resiste,

neste espaço intermédio.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011


...I like being me even when I don't like me!

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Hoje será assim na Aula Magna... bem bom!!


sábado, 5 de fevereiro de 2011

Take me as I am or watch me as I go …
"A wise man once said you can have anything in life if you will sacrifice everything else for it. What he meant is nothing comes without a price. So before you go into battle, you better decide how much you're willing to lose. Too often, going after what feels good means letting go of what you know is right, and letting someone in means abandoning the walls you've spent a lifetime building. Of course, the toughest sacrifices are the ones we don't see coming, when we don't have time to come up with a strategy to pick a side or to measure the potential loss. When that happens, when the battle chooses us and not the other way around, that's when the sacrifice can turn out to be more than we can bear."
my mood today :))) sweet!




quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

desabafete



Todos temos em algum momento um coração partido. Rasgaram-nos a pele sem a mínima contenção pelos estragos que pudessem ser causados. Foderam-nos a razão, a emoção e tudo o que de mais veio à mão. Sem dó nem piedade, deixaram-nos na merda. Somos infelizes naqueles momentos que se seguem. Incapazes de sorrir ou tolerar a companhia seja de quem for. Só nos suportamos a nós, e mesmo assim a custo. Vemos o nosso reflexo no espelho e o que este nos retribui é uma figura pálida, triste e nua que nos olha com aqueles olhos que já nada sentem.
Como é possível que alguém nos mate e mesmo assim nos deixe com vida, com o único propósito de assistirmos a esta merda de existência? Começamos a questionar o que é o amor, o que é a paixão, começamos a racionalizar o porquê, o quando e o como. Não vale a pena, é o que é, foi o que foi. E o que resulta é isto. O nosso reflexo no espelho. Uma figura escanzelada, desprovida de compaixão própria. Mera existência que agora somos.
Achamos que nunca vai acabar. Somos a personificação do sofrimento. Até a um dia. Um dia olhamos para o espelho e vemos um sorriso. Questionamos, o que raio está aquilo ali a fazer. Intrigados sorrimos de novo só para o ver. É genuíno. Temos prazer no sorriso. No dia seguinte descobrimos a razão. Estamos livres. Somos nós novamente. Não há mais dor. Acabou. Não morremos.
Até ao dia. Em que nos tocam e ficamos a olhar para aquela pele que toca na nossa e nos sentimos a sorrir novamente. Merda, e agora? Vamos passar por tudo novamente? Mas agora é diferente, não sentimos dor, mas um sufoco. Questionamos e agimos como parvos que perderam o jeito para andar. Tropeçamos em nós próprios e tentámos a custo aguentarmo-nos. Onde havia dor há agora parvoíce. Mas sentimo-nos vivos. O nosso reflexo ganha cor, ganha existência, sorri-nos de volta.

Lembram-se disto?



Se houve coisa que marcou a minha infância foi o Sabichão, esse jogo didáctico que ora me maravilhava, ora me irritava solenemente. Maravilhava-me porque eu não percebia como raio é que um boneco de plástico com uma vara de arame acertava naquelas perguntas todas. E irritava-me porque o parvo do boneco tinha a mania que sabia tudo. É normal que uma criança não saiba o diâmetro da Lua, e lá vinha o parvalhão todo empertigado apontar que o diâmetro da Lua
é de não-sei-quantos-mil-quilómetros. Mas também o estúpido só me maravilhou até ao dia em que eu lhe descobri o truque, afinal ele não sabia coisa nenhuma e funcionava com um íman que tinha por baixo - importa lá que eu tenha perdido umas boas horas da minha vida que não vou recuperar a descobrir isto. E quando descobri que as perguntas e as respostas esta
vam sempre organizadas da mesma maneira, passei eu a dar as respostas certas sem precisar dele para nada. E ainda lhe entortei a vara, só para depois poder ter o gozo de lhe fazer perguntas e vê-lo a dar as respostas erradas e dizer "Hahahaha és mesmo burro!". Humpf. Mas foram bons tempos.


Lembram-se de quando as chicletes estavam na moda? E tinham esta embalagem? E depois havia as azuis, as verdes, as amarelas, as cor-de-rosa e estas todas coloridas? E punhamos umas cinco ao mesmo tempo na boca para fazer uma pastilha de tamanho decente e passados 10 minutos já estava rija e sem sabor? Volta, passado, volta...