segunda-feira, 30 de maio de 2011
chefe é chefe :/
domingo, 29 de maio de 2011
Essa história, que vamos escrevendo, dá-nos uma calma e tranquilidade de olhar para o presente com mais capacidade de perspectivar.
Perspectivar, no sentido de conseguirmos ver sempre a longo-prazo: para trás (o que já vivemos) e para a frente (as possibilidades do que ainda vamos viver).
É como numa empresa. Não podemos esgotar todo o nosso tempo com a gestão operacional do dia-a-dia. É necessário - urgente às vezes-, guardar um tempo, uma pausa, para uma visão estratégica, mais distanciada, física e temporalmente.
Olhar, assim, com um certo distanciamento, dá-nos amplitude e centra-nos na nossa vida e não nos nossos dias. Que são coisas diferentes..
But more.. is less.
Num dia destes, de visita a casa, encontrei junto a um conjunto de velharias que a minha mãe trouxe da casa da minha avó, uma caixa de cartas trocadas pelos meus pais nos seus anos de juventude. ainda com cheiro a pó, desfolhei algumas (com a devida autorização). O papel amarelado deu-lhe logo ao arranque o contexto histórico. as datas no inicio de cada carta confirmavam. os textos foram escritos à mão, ou em máquina, em vários locais, sempre referenciados, e na maioria das vezes com uma foto a preto e branco, datada e assinada nas costas. Mas mais que o conteúdo, o que ficou ali marcado para a eternidade foi a dedicação de quem escreveu. Porque tinha que se escrever, revelar as fotos, envelopar, deixar no marco, e esperar tantos dias, pela volta do correio..
Hoje não é assim. A comunicação é mais directa, é automática, rápida e instantânea. Mas também mais preguiçosa, menos sentida e menos pensada. Manda-se um sms, escreve-se na wall, twitta-se.. e já está. Tipo sopa no micro-ondas. Mas dedicação? Pensar no que se escreve? Re-escrever no papel até acertar no texto certo, vezes sem conta? Não, a luta hoje é mais simples: temos poucos caracteres. 140, nem mais. Toma lá, que já me lembrei de ti hoje!!
But more.. is less.
É que assim passamos os dias a achar que comunicamos muito, que estamos sempre ligados e que sabemos de todos os nossos amigos, likes e seguidores.. pura ilusão.
Como tudo o que é instantâneo, os posts passam, as sms são apagadas, os links desaparecem. E ficamos no fim com um vago registo do que se passou. Até as milhares de fotos que temos - a nossa memória visual -, já só estão no disco, e não no álbum..
Tenho saudades de escrever cartas, de esperar por uma resposta, por um postal de longe. de saber a simples morada - a real, não a electrónica - dos meus amigos. este natal vou escrever a todos os que realmente contam. falar de mim, sem limite de caracteres (com a minha letra de menina), enviar uma foto assinada e um abraço escrito.
é um presente. não para eles, mas para mim..
insomnia
realmente, não sei dizer ao certo. suponho que o facto de ter aprendido a distinguir todos os ruídos da noite, de conhecer o som dos animais nocturnos, de me ter viciado no silêncio da noite,de saber localizar as estrelas no céu, não seja resposta suficiente.
há qualquer coisa mais para além disso, qualquer coisa de indefinível e única.
há um mundo diurno e um mundo nocturno. este é o reino da luz e das sombras, um mundo de silêncio onde cada som tem um sentido, uma utilidade e por onde se sente deslizar esse 'lento círculo azul do tempo'. de noite, morre-se mais devagar..'
Devendra Banhart at Rainbow House from Oliver Peoples on Vimeo.
Mas não, isto não é apenas um filme espontâneo bem trabalhado: isto é 'simplesmente' a nova campanha da OLIVER PEOPLES, uma marca de óculos, que vão desfilando pelo filme agora revisto. E eu que já andava pensar no assunto, fiquei decidida. comigo funcionou: compro já! convertida, fã, amei. Publicidade bem feita. muito bem feita!!
*adoro a tattoo no peito dele "FE" serão as iniciais do meu nome? ahahah
quarta-feira, 25 de maio de 2011
RUTZ - Official Trailer (Subtitles PT) from Locanda Films on Vimeo.
outro do género:aqui
Convenci-os ou nem por isso? :D
terça-feira, 24 de maio de 2011
Eu!
segunda-feira, 23 de maio de 2011
No meu tempo de Universidade aprendi de tudo! Do simples ao banal, do complexo ao teórico, do desnecessário ao útil .. por exemplo...
Uma máquina: aquilo que entra determina aquilo que sai. Se passámos o dia a receber notícias de crimes, assassínios à facada, corpos esquartejados, teremos medo à noite, caminharemos receosos pelos cantos. Até o espelho será olhado com desconfiança. Se passámos o mês de Março a jogar Tetris, passaremos o mês de Abril a encaixar formas umas nas outras. Se passámos 2010 a comer pregos, teremos uma úlcera em 2011.
Somos uma máquina. Temos olhos e ouvidos, complexos instrumentos de captação. Temos a pele inteira, especialmente a ponta dos dedos. E todos os instrumentos podem ser afinados. Há diversos aparelhos de medição dessa afinação disponíveis no mercado. Uns regem-se pelo sistema métrico decimal, outros regem-se pelas mais diversas escalas. Nenhuma delas é única, nenhuma é mais certa. Ainda assim, tanto em graus celsius, como em graus fahrenheit, existe um só frio. As marcas de tinta apresentam um extenso catálogo de cores e, no entanto, esta frase não precisa sequer de terminar para estabelecer a sua ideia.
Através de olhos, ouvidos, pele, também nariz e boca, recebemos diversos materiais de construção. Caminhamos em direcção a eles, procuramo-los com ou sem cuidado. Esses materiais podem ser ordenados por peso, volume, massa e mil vezes etc. São mais ou menos como a madeira, mais ou menos como o ferro, mais ou menos como a água, mais ou menos como o monóxido de carbono. Ao serem apreendidos pela máquina, esses materiais são sujeitos a um processamento de duração variável. A absorção desses materiais tem consequências no próprio mecanismo da máquina. Há resíduos que permanecem nas paredes das válvulas mesmo depois de anos, mesmo depois de lavagens repetidas com toda a espécie de detergentes. Por esse motivo, é imprescindível que se dedique especial atenção a esses materiais, que se faça uma triagem aturada e criteriosa dos mesmos, com base em todo o conhecimento que o nosso tempo acumulou à conta da experimentação. Esse é um sinal do respeito que devemos aos milhões de cobaias caídas no âmbito do desenvolvimento civilizacional que conseguimos atingir.
A produção da máquina depende, necessariamente, do seu funcionamento. Aquilo que produz, através das diferentes possibilidades de produção que apresenta, será condicionado de forma directa, objectiva e subjectiva, por esse metabolismo. A qualidade do combustível determina as características da acção a realizar, não apenas ao nível da velocidade. Assim, objectos que poderiam ser redondos, nascem cheios de arestas. Picam aqueles que tentam segurá-los na palma da mão. E o contrário também e outro contrário diferente também.
Resumindo, o material escolhido influi no desempenho interior da máquina e, por consequência, nos resultados apresentados. Concretizando, estou a dizer-te: toma decisões, faz escolhas. Os teus olhos pertencem-te. Os teus ouvidos pertencem-te. A tua pele pertence-te. A tua boca e o teu nariz pertencem-te. Por falar na tua boca, muito daquilo que recebes será devolvido ao mundo através daquilo que fores capaz de exprimir. Depois do pensamento, as palavras. Aquilo que souberes será aquilo que dirás. Ao fazê-lo, irás difundi-lo, espalhá-lo, alargá-lo. Algumas princípios de electrotecnia: se receberes negativo, acumularás negativo nas baterias, ficarás carregado de negativo e, no momento de acenderes uma lâmpada, terás apenas negativo, dessa forma a lâmpada irradiará luz negativa que tocará com negativo aqueles que estiverem expostos à sua luminosidade. Por sua vez, esses acumularão negativo nas suas próprias baterias e, no momento de acenderem uma lâmpada, será esse negativo que terão para dar. E assim sucessivamente até ao fim dos tempos. Ou seja, tens a oportunidade de contribuir para algo que se propagará até ao fim dos tempos. Inevitavelmente, em algum momento, ser-te-ão requeridos conhecimentos de física quântica e será uma pena se, só nessa altura, te aperceberes do tempo e da paciência que gastaste a jogar Sudoku.
E já agora, como é que funcionará o coração?
domingo, 22 de maio de 2011
Post dedicado aos one night stands (aos que tive e aos que ainda vou ter)
Realidade melhor que ficção
Por mais que neguem, em tempos de emancipação feminina, as mulheres são tendencialmente mais românticas. Na verdade, quem não fica derretida com gestos únicos vindos dos saltos rasos: um ramo de flores, um post-it com a frase certa ou um simples piquenique à beira-mar.
E quem não sonha com um pedido de casamento inesquecível à luz de Hollywood - com o anel de noivado escondido na sobremesa, oferecido na Torre Eiffel ou no sítio em que o casal se conheceu? Paixões arrebatadoras poderão levar a uma surpresa destas, mas o principal ingrediente são as pessoas especiais.
Pois é, mas ainda há jóias raras, homens que são capazes de amar e de surpreender a cara metade. Exemplo disso é o mais recente sucesso do Youtube - um vídeo em que um norte-americano faz um pedido de casamento original à namorada.Em apenas três dias, o vídeo do Youtube já conta com mais de 2,5 mil milhões de visualizações. Será que vai inspirar mais noivos?
sexta-feira, 20 de maio de 2011
No outro dia encontrei a melhor coisa de sempre: o meu diário de quando eu tinha 16 anos ! Surpreende-me a quantidade de coisas que eu desconhecia, que eu pensava conhecer e afinal… afinal são só memórias das quais não tenho a mínima certeza. Porém, no dia 9 de Abril, escrevi uma coisa bastante interessante….
9 de Abril de 1997
"Sempre disse que a Ilusão era minha amiga, e é! Quando a realidade me falha, é ela que me ajuda. Que posso mais dizer? É o grito de guerra de uma sonhadora, que mais contas não tem a prestar senão aos seus sonhos. Um sonhador é grande! É a mais forte e a mais indefesa, a mais corajosa e a mais covarde de todas as pessoas. Que mais se pode dizer de alguém que brinca com a loucura e passeia pelas dimensões com o prazer de uma criança que não conhece o mundo, ou não o quer conhecer? A segunda hipótese é mais viável: o sonhador é aquele que viaja para outro mundo quando este não o agrada, ou o assusta. Um sonhador é frágil, fraco, foge das tarefas difíceis como quem foge de um leão. Mas tarefas difíceis não são aquelas que nos abalam, são aquelas que têm a capacidade de nos destruir.(…)Mas um sonhador não é só aquele que foge; um sonhador é aquele que guia, que quer, que procura. Porque mais que um contador de histórias, um sonhador é um criador. Na verdade, um sonhador não é bem humano; é uma qualquer mutação, metamorfose.”
quinta-feira, 19 de maio de 2011
quarta-feira, 18 de maio de 2011
é mais ou menos isto...
resolução da semana, talvez
a insónia dá-nos para isto...
quinta-feira, 12 de maio de 2011
Mário Testino era o típico miúdo que queria muito ser padre e salvar o Mundo ...
...até ao dia, claro, em que conheceu as mulheres.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
live simply. love nature
Este entrou para os meus preferidos e recomendo-o, vivamente.
domingo, 8 de maio de 2011
Vi. Adorei. E vou querer ver de novo (no cinema). Um filme que conta a história verídica de um grupo de quatro fotógrafos, conhecido como “The Bang Bang Club” – João Silva, Kevin Carter, Greg Marinovich e Ken Oosterbroek – que trabalharam na África do Sul após a libertação de Nelson Mandela da prisão, até as primeiras eleições livres em 1994. A história do filme é baseada no livro com o mesmo nome, escrito por Greg Marinovich e João Silva.
"They risked their lives and used their camera lenses to tell the world of the brutality and violence associated with the first free elections in post Apartheid South Africa in the early 90s. This intense political period brought out their best work (two won Pulitzers during the period) but cost them a heavy price. A movie that explores the thrill, danger and moral questions associated with exposing the truth."
Em 1991, Greg Marinovich ganhou o «Pulitzer Prize for Spot News Photography» pelo seu trabalho que mostrava a morte brutal de um homem que se acreditava ser um espião do Inkatha Freedom Party (IFP), assassinado por apoiantes do African National Congress (ANC).
Em 1994, a 18 de Abril e a poucos dias das primeiras eleições livres na África do Sul,Ken Oosterbroek foi morto por ‘fogo amigo’ enquanto cobria os confrontos entre soldados e partidários do Congresso Nacional Africano, junto à vila de Thokoza, a 25Km de Johannesburg.
Também em 1994, Kevin Carter (ver “As várias mortes de Kevin Carter” no Bitaites) ganhou o Prêmio Pulitzer de Fotografia para a sua foto controversa de um abutre que parece esperar a morte eminente de uma criança sudanesa. Dois meses depois de ter ganho esse prémio, com 33 anos, Carter suicida-se junto a um pequeno curso de água nos arredores de Johannesburg onde costumava brincar em criança. Na sua nota de suicídio, Carter escreveu:
"I am depressed … without phone … money for rent … money for child support … money for debts … money!!! … I am haunted by the vivid memories of killings and corpses and anger and pain … of starving or wounded children, of trigger-happy madmen, often police, of killer executioners…I have gone to join Ken [recently deceased colleague Ken Oosterbroek] if I am that lucky."
Por fim, em Outubro de 2010, João Silva foi ferido com gravidade após pisar uma mina no Afeganistão, em trabalho para o The New York Times, enquanto acompanhava uma patrulha americana. Na sequência dos ferimentos, João Silva ficou com as duas pernas amputadas. Ele tem vindo a recuperar e, em Fevereiro de 2011, já conseguiu dar os primeiros passos com umas próteses.
No cartaz do filme, o segundo a contar da esquerda é o [desconhecido] Neels Van Jaarsveld, actor Sul Africano, e será ele que irá interpretar o papel do João Silva. Sobre esse papel, ele escreveu isto acerca do fotógrafo “He was so close, blood on the lens, blood on yourself, your friends being shot. And he still does it”. Mais impressões aqui, no site oficial do filme.